“Somos apenas temente a Deus”, diz Prefeito de São José dos Ramos após ser alvo do Gaeco
O prefeito de São José dos Ramos, Matheus Amorim, gravou um vídeo, nesta quarta-feira (7), afirmando que “teme apenas a Deus”, após a Prefeitura ser alvo de operação do Gaeco, do Ministério Público da Paraíba (MPPB). A investigação apura contratação suspeita por parte da edilidade junto à uma empresa supostamente de sua esposa.
“Somos apenas temente a Deus que é quem guia nossos caminhos, cuida da nossa vida”, disse o prefeito em um vídeo nos storys de seu Instagram.
Na operação ‘Dionísio’ são investigados contratos e pagamentos efetuados pela atual gestão a empresas que pertencem à primeira-dama e secretária de Finanças do município, Amanda Carolina da Silva Melchiades.
As investigações mostraram que a Imperial Ruach Restaurante e Recepções foi contratada mediante processos licitatórios em que foi a única participante ou sem licitação e recebeu entre os anos de 2021 e 2022, R$ 212.188,16 da Prefeitura por supostos serviços de buffet e decoração de eventos.
São cumpridos sete mandados judiciais de busca e apreensão nas residências dos investigados, como também na sede das empresas e na Prefeitura.
Na tarde desta quarta-feira (7), Matheus Amorim soltou uma nota de esclarecimento falando sobre a investigação. Confira a íntegra:
“Nesta quarta-feira, 7 de junho, foi realizada operação pelo GAECO para apurar supostas fraudes em licitações, desvios de dinheiro público e falsidade documental no âmbito da administração da Prefeitura Municipal de São José dos Ramos.
A investigação trata especificamente dos processos de licitação que teve a empresa Imperial Ruach Restaurante e Recepções como vencedora para serviços de buffet e decoração de eventos. Segundo a promotora responsável, a empresa seria de propriedade da primeira-dama, Amanda Carolina da Silva Melchiades.
Ressaltamos que todos os processos seguiram a legislação e orientações do Tribunal de Contas, Comissão de Licitação e Procuradoria. As disputas comerciais foram abertas à participação de todas as empresas aptas e os certames foram divulgados conforme determina a lei. Toda a documentação que comprova a lisura está disponível e entregue ao Ministério Público.
Com relação à acusação de que a primeira-dama seria a proprietária da empresa investigada, serão apresentadas provas dessa impossibilidade, visto que é de amplo conhecimento que os proprietários da empresa investigada atuam no ramo há bastante tempo, prestando serviços a diversas prefeituras da região, a exemplo de Itabaiana, Mogeiro, Salgado de São Felix e Pilar. Esses dados estão disponíveis no site do TCE.
Por fim, reiteramos nossa intenção em esclarecer qualquer dúvida que possa existir em relação à investigação, bem como temos todo interesse em colaborar com o Ministério Público para que tudo seja elucidado no menor tempo possível.”