Russo preso no Brasil Sergey Vladimirovich Cherkasov

A recusa do governo de Lula em atender ao pedido dos Estados Unidos para a extradição do espião russo Sergey Vladimirovich Cherkasov revela a polêmica ntre questões políticas e de relações internacionais. A rejeição baseou-se, em parte, na falta de reciprocidade dos EUA em relação ao caso do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.

ENTENDA

Sergey Vladimirovich Cherkasov, condenado por uso de documentos falsos, permanece detido em Brasília e agora enfrenta uma segunda investigação por lavagem de dinheiro. Seu pedido de extradição pelos Estados Unidos foi prontamente rejeitado pelo Ministério da Justiça do governo Lula.

Embora argumentos técnicos tenham sido usados para justificar essa decisão, não se pode ignorar as razões políticas por trás dessa decisão.

O Governo Bolsonaro na época da prisão do russo, teria abafado, o fato do mesmo ser espião infiltrado no país. O blog do Noblat denunciou o fato de que o ex presidente atendia interesses do agronegócio , tendo em vista que a Russia é o maior fornecedor de fertilizantes brasileiro. Esse é um dos motivos (segundo Noblat) pelos quais, desde o início da guerra, Jair Bolsonaro faz questão de não se indispor com Vladimir Putin, contrariando pressões vindas especialmente do governo americano. por temores de perturbar relações bilaterais delicadas, o que repsonderia a ligação de Bolsonaro com Putin.

Por outro lado, Allan dos Santos, (blogueiro bolsonarista radical), é acusado de vários crimes graves, incluindo ameaças a autoridades, crimes contra a honra e incitação à prática de delitos. Sua ordem de prisão emitida pelo Supremo Tribunal Federal é uma demonstração clara das tensões entre as instituições brasileiras e indivíduos que buscam minar a ordem pública.

O histórico e os crimes do espião russo Cherkasov. Integrante do GRU, braço da inteligência militar russa, Cherkasov construiu uma identidade brasileira falsa ao longo de anos. Ele foi preso em 2020 ao tentar se infiltrar na Corte Penal de Haia, na Holanda, o que despertou a atenção das autoridades holandesas e brasileiras.

Governo nega motivações políticas