No STJ, Fábio Tyrone tem pedido de habeas corpus negado em caso de violência doméstica
O prefeito de Sousa, Fábio Tyrone, teve um pedido de habeas corpus rejeitado pelo ministro Messod Azulay Neto, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O gestor tenta reverter a condenação por agressão a ex-namorada e advogada, Myriam Gadelha.
Segundo a decisão, Tyrone solicitou ao STJ que Lindolfo Pires Neto fosse ouvido e que o síndico do condomínio fosse oficiado para ceder imagens das câmeras com o trajeto feito pelo então casal após a festa onde aconteceu as agressões. O magistrado, no entanto, afirmou que as provas seria irrelevantes.
“No caso concreto, como se observa, não obstante a intempestividade do pedido probatório pela defesa, o Juiz natural da causa também entendeu pela total inutilidade das diligências, em especial, porque os fatos teriam se dado dentro do carro e no apartamento dos envolvidos, sendo irrelevante provar as atitudes do paciente durante a festa e no trajeto dentro do condomínio após a referida celebração, como forma de defesa”, assinalou o ministro.
O juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da capital, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), sentenciou Fábio Tyrone a um ano, quatro meses e sete dias de detenção, em regime aberto. Além disso, a vítima deverá receber uma indenização de R$ 15 mil.
Conforme o documento remetido ao TJPB, no dia 6 de dezembro de 2018, o casal estava em uma festa em João Pessoa quando começaram uma discussão porque o acusado estava reclamando que a mulher havia bebido demais e conversado com muitas pessoas.
Na sequência do relato, a ex-companheira do político relatou que na volta para casa foi agredida com um tapa no rosto. Na residência dela, ainda foi xingada várias vezes, derrubada no chão e chutada várias vezes. Ela relatou no documento ainda que quando mandou o prefeito embora, foi novamente agredida com um soco no olho.