Grupo terrorista Hezbollah teria conexões com o PCC no Brasil; entenda as investigações que revelam a relação entre os dois grupos criminosos
Autoridades brasileiras têm investigado as relações entre o grupo terrorista Hezbollah, do Líbano, e a organização criminosa PCC desde o início dos anos 2000. Essa parceria tem como objetivo principal dominar a fronteira do Brasil com o Paraguai e a Argentina, em uma disputa pelo controle de rotas de drogas e armas na América Latina.
A atuação do Hezbollah na América Latina chamou a atenção do governo americano. Recentemente, a general Laura Richardson alertou para as “intenções malignas” do grupo no Brasil.
Embora o governo brasileiro trate o assunto com cautela, pouco se fala sobre as relações entre o Hezbollah e o PCC. O tráfico de drogas é apontado como uma fonte de financiamento para o terrorismo, sendo esse o principal motivo da presença do Hezbollah na América Latina. Em troca, o PCC receberia armas para suas atividades criminosas.
Em fevereiro de 2018, um acusado de integrar o grupo criminoso foi preso no Rio de Janeiro. Durante a busca realizada pela polícia, foram encontrados documentos que indicavam um suposto envolvimento desse indivíduo, Elton Leonel Rumich da Silva, um dos líderes do PCC, com o grupo terrorista libanês.
A análise do material apreendido revelou indícios de ligação entre Elton e o Hezbollah. Além disso, ele é suspeito de ser o mandante da morte de Jorge Toumani Rafaat, conhecido como “Rei da Fronteira”, em julho de 2016, na disputa pelo controle das rotas de drogas na fronteira com o Paraguai.