Os deputados Cabo Gilberto Silva (federal) e Walbber Virgolino (estadual) podem seguir o mesmo destino do comunicador Nilvan Ferreira, que avalia sua ida para o PRD, Partido da Renovação Democrática. O vice-prefeito do Conde, Dedé Salles, é cotado para dirigir a sigla, que deverá ter o número 25 na urna e resulta da fusão do PTB com o Patriota.

A relação do triunvirato não está boa com o PL. Todos eles contestaram a imposição do nome do ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga para candidato a prefeito em João Pessoa e fizeram críticas ao presidente estadual, Wellington Roberto.

Nilvan, em declarações à rádio Arapuan, ontem à noite, admitiu afinidades com a nova sigla, que se situa no campo do conservadorismo e da centro-direita.

“Já disse a direção nacional e também ao Dedé a nossa disposição de discutir um processo de filiação sim”, disse Nilvan.

Os ministros do TSE que aprovaram a criação do novo partido acompanharam o entendimento da ministra Cármen Lúcia, relatora, para quem a fusão atendeu a todos os requisitos legais e formais, como a aprovação de novo estatuto nacional, por exemplo.

De início, o partido iria se chamar Mais Brasil, mas após deliberações internas foi feito novo pedido para alterar o nome, o que foi aceito pelo TSE.

Fundado em 1981 e por muitos anos controlado pelo ex-deputado Roberto Jefferson, o PTB optou pela fusão depois de não ter conseguido eleger nenhum deputado nas eleições de 2022. Isso fez com que a agremiação ficasse sem recursos do Fundo Partidário e sem tempo de propaganda eleitoral em rádio e TV. O Patriota, por sua vez, elegeu cinco deputados.

Pela cláusula de barreira vigente, para ter acesso aos recursos públicos, a legenda precisa eleger pelo menos 11 deputados federais, distribuídos em pelo menos nove unidades da Federação.

Alternativamente, o partido pode superar a cláusula de barreira se, mesmo elegendo o número menor de deputados, obtiver 2% dos votos válidos nas eleições para a Câmara, distribuídos em pelo menos nove unidades da Federação, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas.

Ao aprovar a fusão em convenção nacional, os dirigentes da nova sigla PRD decidiram também banir Roberto Jefferson dos quadros do partido, diante do episódio em que o político foi preso após reagir com tiros a uma ordem de prisão preventiva, no ano passado.