Lula reafirma ser contra aborto, mas pondera: ‘É questão de saúde pública’

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou hoje, em entrevista à Rádio Jangadeiro Band News, de Fortaleza, ser contra a prática de aborto, mas ponderou que a realização do procedimento deve ser tratada como “questão de saúde pública”.

O comentário foi feito pelo petista após uma declaração dele mesmo na terça-feira (5) gerar polêmica. Em evento da Fundação Perseu Abramo, Lula defendeu “todo mundo ter direito” ao aborto.

“Eu sou contra o aborto, mas o que eu disse é que as pessoas têm esse direito. Mesmo eu sendo contra o aborto, ele existe. Quando a pessoa tem poder aquisitivo bom, ele busca tratamento bom e até vai para o exterior para fazer o procedimento. Mas e a pessoa pobre?”, questionou o ex-presidente.

Ao reforçar sua posição, Lula ainda afirmou que “o Estado tem que dar atenção às pessoas pobres”.

O aborto tem que ser transformado em questão de saúde pública. Eu não quero saber porque ela está abortando, mas o Estado tem que cuidar. É uma questão de bom senso. Ele existe. É só isso. Ex-presidente Lula, em entrevista à Rádio Jangadeiro Band News

Após as falas de anteontem de Lula, bolsonaristas e evangélicos reagiram às declarações. Ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos-DF) disse que a “pauta do ex-presidente sempre foi a cultura da morte”.

“Observem que ele hoje está defendendo o aborto, e amanhã ele com certeza defenderá a eutanásia e depois a eugenia”, disse em sua rede social.

Os deputados federais Marco Feliciano (PL-SP) e Guiga Peixoto (PSC-SP) e o deputado estadual Bruno Engler (MG-PRTB) também criticaram o petista.

“Acredito que pela primeira vez vi o Lula de quem sempre falei! Lula para maiores! Apoiando o aborto e convocando os seus para intimidarem parlamentares contrários ao seu comunismo! O ex-rei ficou nu!”, escreveu Feliciano nas redes.

Bolsonaro entregou o Congresso ao Lira, diz Lula

Durante a entrevista de hoje, o ex-presidente Lula ainda fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) ao falar sobre o orçamento secreto.

Esse foi o nome dado ao esquema criado no governo para repassar verba aos estados e municípios sem respeitar critérios de transparência. Os pagamentos são feitos por meio das emendas do relator-geral, que não divulgam qual parlamentar liberou o dinheiro.

“O presidente é fraco, não governa. Ele [Bolsonaro] entregou o Congresso para o Lira e seus aliados. Ele não cuida nem do orçamento da União. Ele permitiu uma coisa que foi chamada de orçamento secreto, que não passa pela União e vai direto para estados e municípios”, afirmou Lula.

O petista também disse que o Congresso precisa de uma grande mudança “para fazer as mudanças que precisamos fazer”.

“Esse Congresso é o mais conversador desde que eu faço política. Nós precisamos mudar a correlação de forças porque, se não fizermos isso, a gente não vai ter condição de fazer as mudanças que precisamos fazer”, acrescentou.

 

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