Poluição da orla pessoense foi tema de pronunciamentos na CMJP
Na manhã desta quinta-feira (16), os vereadores Milanez Neto (MDB) e Bruno Farias (Avante) debateram sobre o despejo esgoto de forma clandestina na orla da capital paraibana. Milanez Neto questionou a diferença de tratamento na divulgação de empreendimentos com esgoto irregular nas praias da cidade. Já o líder da situação, Bruno Farias, esclareceu alguns fatos.
De acordo com Milanez, um bar que foi flagrado pelo despejo irregular de esgoto foi autuado e a situação devidamente divulgada, enquanto um hotel administrado pelo atual secretário municipal de Turismo teve a divulgação retardada, sem maiores explicações. “No tema que trago hoje, esgoto e turismo ficam umbilicalmente ligados. Esta semana me chamou atenção a tentativa de manipulação para esconder as verdades que precisam ser mostradas. Tentaram reverter a Operação Mandare, mas não conseguiram, porque se trata da Polícia Federal. O Bar do Cuscuz está nas manchetes, enquanto no caso do hotel do secretario de Turismo não se viu a mesma divulgação”, arguiu o parlamentar.
Para ele, chama a atenção “uma secretaria tão zelosa em não derrubar árvores pela cidade, como a Semam, não ter notado as infrações ao meio ambiente”. “Agora começo a compreender porque o Centro Histórico tem que ir ao chão. Agora a orla também tem que ficar sem a menor condição de alguém se banhar. Isso dito e divulgado pela Sudema, que alertou que só há uma pequena área da orla onde as pessoas podem se banhar. Não é esse o turismo que esperamos para nossa cidade, e esse não é um problema da atualidade, mas sim de 20, 30 anos atrás. Hoje tem se estendido e piorado”, afirmou.
Milanez ainda questionou porque o hotel não está interditado, como o Bar do Cuscuz. “Assistir uma das maiores e mais visitadas orlas do Brasil toda poluída é algo muito sério. Precisamos continuar divulgando os nomes dos infratores. Não é um CPF que pode modificar o crime cometido por quem quer que seja”, asseverou.
Líder da situação rebate críticas
O líder da situação, vereador Bruno Farias, ressaltou que toda cidade de João Pessoa é contra a poluição da orla, um patrimônio turístico e paisagístico de todos os pessoenses e paraibanos. “Todos condenam a poluição das praias e mares. Isso é um fato incontestável. Outro fato incontestável é que Daniel Rodrigues é compromissado com o meio ambiente e com práticas sustentáveis. Ele é um dos maiores gestores do turismo da nossa Capital. Posso, com absoluta certeza, afirmar que Daniel faz um trabalho primoroso. Homem do trade, altamente qualificado, e convidado pelo prefeito Cícero Lucena para transformar o turismo da nossa cidade, que foi vilipendiado nas gestões anterior”, defendeu Bruno.
De acordo com o líder, o secretário Daniel não é dono de rede de hotéis, como a oposição quer transmitir para a população. “Ele está afastado de sua empresa, que administra a gestão da rede hoteleira, desde janeiro de 2021. A empresa faz a gestão das operações hoteleiras. Outro ponto a se salientar é que o turismo de João Pessoa bate inúmeros recordes de ocupação. João Pessoa está em situação privilegiada, sendo um dos destinos mais procurados do Brasil, sobretudo com o turismo sadio”, afirmou.
Segundo Bruno Farias, a operação realizada pela Sudema tem parceria com a Prefeitura Municipal através da Semam. “Para sermos justo, se a Prefeitura não quisesse esta fiscalização não estaria à frente desta operação junto com a Sudema, aplicando multas e fazendo interdições e embargos”, arguiu.