O segundo turno em João Pessoa acabou trazendo um cenário turbulento para os eleitores bolsonaristas ou ditors de direita, conservadores. De um lado, Marcelo Queiroga (PL), ex-ministro da Saúde e aliado fiel do ex-presidente Jair Bolsonaro, disputa a prefeitura. Do outro, Cícero Lucena (PP), atual prefeito e candidato à reeleição, que enfrenta alguns escândalos familiares expostos nas últimas semanas, incluindo a prisão de sua esposa Lauremília Lucena. Mas, em meio a esse embate eleitoral, um novo elemento e dúvida surge: a ameaça de morte recebida por Bolsonaro antes de sua visita à cidade.

Na manhã desta quinta-feira (17), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilhou nas redes sociais uma captura de tela de uma ameaça recebida, na qual um usuário afirmava: “Bolsonaro vai ser morto agora na vinda dele aqui em João Pessoa. O atentado já está organizado; não vai escapar.” Bolsonaro, em sua resposta, minimizou o risco, dizendo que ameaças e intimidações são parte comum de sua trajetória política, reforçando: “Mas sou de direita… Logo, tudo bem…”

Esse contexto pode mudar sua visita a capital paraibana. Bolsonaro participa de uma carreata em apoio à candidatura de Queiroga, tentando consolidar o eleitorado conservador. Porém, o bolsonarismo em João Pessoa está dividido. A vereadora Eliza Virgínia (PP), uma das maiores vozes da direita na cidade, já declarou apoio a Cícero, e até o filho do prefeito, o deputado Mersinho Lucena (PP) foi visto ao lado de bolsonaristas que apoiam Cícero Lucena.

Embora a presença de Bolsonaro na cidade possa energizar parte da base bolsonarista, a ameaça à sua segurança pode de uma serta forma prejudicar sua visita. Isso pode implicar em um reforço da narrativa de “vítima política” que Bolsonaro construiu ao longo dos anos, mobilizando seus apoiadores mais radicais. Mas… Um evento como este também pode trazer riscos à campanha de Queiroga, ao desviar o foco do debate eleitoral para questões de segurança e possíveis tumultos.