O presidente estadual do PSD na Paraíba e pré-candidato ao governo em 2026, Pedro Cunha Lima, afirmou que a oposição está aberta a receber lideranças como o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos). No entanto, condicionou qualquer aproximação ao rompimento desses nomes com o atual governo estadual, liderado por João Azevêdo (PSB). A declaração ocorreu durante entrevista ao programa Ô Paraíba Boa, da rádio 100.5 FM.
Pedro destacou que o campo oposicionista está em fase de construção e oferece um ambiente “fértil” para novas adesões. “Existe um movimento que depende só do próprio Cícero. O que posso garantir é que há um espaço aberto nas oposições, porque não tem ninguém batendo o pé dizendo: ‘sou candidato de todo jeito’”, afirmou.
O ex-deputado também citou nomes já consolidados no grupo oposicionista, como o senador Efraim Filho (União Brasil) e o deputado Romero Rodrigues (Podemos), e ressaltou que a oposição entra na disputa de 2026 mais competitiva do que em eleições anteriores. “Em 2022, ninguém queria romper porque não havia para onde ir. Hoje, esse espaço existe.”
Pedro também não descartou uma eventual aliança com Adriano Galdino: “Cabe Galdino, sim. Cabe Adriano. Quem quiser se integrar a esse bloco, as portas estão abertas. A gente não faz política fechando portas, colocando veto”, disse.
Apesar do tom conciliador, Pedro deixou claro que o momento ainda não é de fechar alianças com figuras que continuam ligadas ao governo. “Eu não posso responder se aprovo o serviço de Cícero enquanto ele faz parte do governo. Isso cabe a ele decidir.”
Ao fim da entrevista, o líder do PSD reforçou que a oposição está em movimento e não aguarda um salvador da pátria. “Temos os nossos nomes. Não estamos esperando que surja alguém. Os nomes já existem e estamos construindo um projeto.”