“Congresso inimigo do povo”: Medidas aprovadas ou em tramitação geram revolta popular e mobilizações contra “pacote antipovo”

Uma série de medidas impopulares aprovadas ou em tramitação no Congresso Nacional, como o aumento do número de deputados, o reforço ao Fundo Partidário e a anistia a golpistas de 8 de janeiro, provocou uma onda de indignação popular que se espalha pelas redes sociais e começa a ganhar as ruas, com críticas contundentes à atuação dos parlamentares e mobilizações contra o que tem sido chamado de “Congresso inimigo do povo”.

Conglomerado de medidas revoltam brasileiros

Nas últimas semanas, uma série de medidas aprovadas pelo Congresso Nacional tem provocado forte reação popular. Entre os projetos aprovados, destacam-se:

  • Ampliação do número de deputados federais.
  • Reforço do Fundo Partidário, com recursos extras para legendas.
  • Aumento nas tarifas de energia elétrica.
  • Manutenção de isenções tributárias (IOF) para setores com alta renda, o que resultou em alívio para corporações, mas pressiona as contas públicas.

Novas pautas quentes

Devastação Ambiental – flexibilização de limites no licenciamento ambiental.

Redução de áreas protegidas – enfraquecimento de parques nacionais e reservas.

Anistia “fake” a golpistas de Brasília – perdão literamente simbólico a responsáveis pela depredação da Praça dos Três Poderes em janeiro de 2023.

Revisão do Código da Mineração – abertura a novas atividades minerais em regiões sensíveis.

Pagamento obrigatório de emendas sem transparência – compromete articulação com o Executivo.

Pesquisa Genial/Quaest: desconexão entre Congresso e sociedade

Segundo levantamento da Genial/Quaest, realizado entre 7 de maio e 30 de junho com 203 deputados, mostra-se um distanciamento acentuado entre o Legislativo e a opinião pública:

  • 70 % dos deputados são contra a redução da jornada 6×1
  • 53 % rejeitam limites a supersalários
  • 46 % se opõem ao aumento do IR sobre os super-ricos

O mesmo levantamento mostra que 88 % defendem elevar a faixa de isenção do IR, o que indica uma divisão ideológica parcial, mas reforça a desconexão em relação às medidas que beneficiam o setor empresarial.