O presidente estadual do PL na Paraíba e ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comentou nesta terça-feira (29), em entrevista à rádio CBN João Pessoa, a articulação política do partido para as eleições de 2026. Entre os temas abordados, ele defendeu a aliança com o União Brasil e a pré-candidatura do senador Efraim Filho (União) ao governo do estado, além de comentar rumores sobre sua própria eventual candidatura ao Senado.
Segundo Queiroga, a união entre PL e União Brasil representa uma alternativa ao grupo que atualmente governa o estado. “A Paraíba vem sendo governada pelo campo da esquerda. Agora é hora da mudança, da virada. União e PL sozinhos não vão chegar, mas Efraim tem uma agenda liberal e muito próxima do nosso partido”, afirmou.
Questionado se pretende disputar uma vaga no Senado, o ex-ministro não confirmou a candidatura, mas destacou que esse é o foco da legenda. “A nossa disputa é pelo Senado. O PL está empenhado em eleger o maior número de senadores pelo projeto do governo Bolsonaro. ”
Sobre o áudio de Bolsonaro
O dirigente estadual do PL também foi questionado sobre o áudio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), divulgado nesta segunda-feira (28), no qual ele revela preferência por Wellington Roberto em detrimento de Cabo Gilberto Silva, durante uma disputa interna no partido em 2023. “Entre Wellington Roberto e Cabo Gilberto, eu prefiro Wellington”, diz Bolsonaro no trecho.
Queiroga minimizou a repercussão: “É um áudio antigo e não reflete a posição oficial do nosso partido. Gilberto é mais jovem e estava em seu primeiro mandato como deputado federal”, comentou.
George Morais e Eduardo Bolsonaro
O ex-ministro ainda comentou a possível filiação de George Morais, irmão do deputado Ruy Carneiro, ao PL. “Ele é muito bem-vindo ao partido”, afirmou.
Sobre a recente atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que disse estar atuando contra os senadores da oposição que tentam negociar com o governo dos Estados Unidos contra o tarifaço imposto à indústria brasileira, Queiroga adotou tom mais moderado. “Se fosse eu, não faria aquele tipo de movimento. Mas não é o Eduardo quem está fazendo isso, é uma postura do governo Trump. Não está fazendo porque Bolsonaro pediu, até porque o ex-presidente não tem poder para isso. ”