A FACA E O QUEIJO: Efraim tirou o leite, produziu o queijo e e já tem faca para ser senador – Por Napoleão Soares
Efraim tirou o leite da vaca, produziu o queijo e forjou a faca: hoje tem a faca e o queijo na mão para ser senador
A afirmação do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) e uma das principais lideranças do Republicanos, Adriano Galdino, no último sábado, dizendo que prefere perder a vaga de vice-governador na chapa de João Azevêdo (PSB) do que desmanchar o compromisso que firmou com Efraim Filho (União Brasil) não deixam dúvidas: o pré-candidato a senador acertou ao antecipar a oficialização de sua postulação.
A declaração de Galdino, durante o aniversário de seu irmão, Murilo Galdino (Republicanos), e lançamento oficial de sua pré-candidatura a deputado federal, prova que ter se antecipado à indecisão e dificuldade que hoje sofre João para montar a sua chapa não fez com que Efraim perdesse o compromisso e a lealdade que lhe foram prometidas por deputados governistas, pelo contrário, só fortaleceram.
E não apenas os deputados, mas também mais de uma centena de prefeitos que, pela atuação que Efraim desempenhou em Brasília ao longo de seus quatro mandatos consecutivos (que serão 16 anos de atuação em Brasília ao final deste ano). De acordo com o pré-candidato, são 130, mais que a metade do total de prefeitos que hoje governam seus municípios na Paraíba.
Tudo isso só é possível porque, ao confirmar a sua postulação, Efraim demonstrou firmeza, coragem, compromisso e o principal: apresentou um time para que houvesse torcida. Time que nem existe ainda, não tem como ter apoiador. E Efraim sabia, nesse tempo, do prestígio que tem com o seu partido, o União Brasil, e com os seus pares em Brasília. Afinal, ele sempre figura em relatorias de projetos de lei de destaque, em comissões importantes e outras missões no Congresso Nacional.
Além disso, com a sua movimentação, uma jogada de xadrez que na época alguns consideraram prematura e mal-pensada, ele ‘quebrou as pernas’ do seu principal oponente, Aguinaldo Ribeiro (PP), que se viu forçado a desistir do Senado e abriu uma avenida ainda maior para Efraim captar novos prefeitos e lideranças políticas e pavimentar, ainda mais, as suas chances de ser eleito nesta que é, talvez, a eleição para o Senado mais complicada de toda a história por só ter uma vaga em jogo e vários concorrentes de peso no páreo.
Com sua inteligência e trabalho, Efraim tirou o leite da vaca, produziu o queijo e forjou a faca para hoje ter em suas mãos a faca e o queijo para fazer história e repetir o que o seu pai, Efraim Morais, fez em 2002: ser eleito senador da República por 8 anos.