A partir deste sábado, os reajustes serão aplicados aos valores cobrados das distribuidoras nas refinarias da estatal
A Petrobras anunciou na noite de ontem que, a partir deste sábado (21/10), haverá reajuste dos combustíveis nas refinarias.
Desta vez, a estatal vai reduzir o preço da gasolina em 4,09% e aumentar o do diesel em 6,58%. Esse é o primeiro ajuste nos preços praticados pela companhia nos últimos 64 dias.
Enquanto o conflito no Oriente Médio faz o preço do petróleo disparar no mercado internacional, a Petrobras toma essa decisão. Analistas alertam para o impacto do reajuste na inflação, pois apesar da redução na gasolina, os efeitos do diesel mais caro podem provocar um aumento de preços na economia a médio prazo.
De acordo com comunicado da Petrobras, o preço médio do litro da gasolina vendido para as distribuidoras será reduzido em R$ 0,12, para R$ 2,81. Já o preço médio do diesel aumentará em R$ 0,25, alcançando R$ 4,05 por litro. Em nota, a estatal ressaltou que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final nos postos “é afetado também por outros fatores como tributos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda”.
A variação acumulada no ano dos preços de venda ainda registra redução, sendo a queda acumulada de R$ 0,27 por litro na gasolina e R$ 0,44 no diesel. Na avaliação do presidente da estatal, Jean Paul Prates, a atual estratégia comercial da companhia “tem se mostrado bem-sucedida, no sentido de tornar a Petrobras competitiva no mercado e, ao mesmo tempo, evitar o repasse de volatilidade para o consumidor”.
A gasolina é um dos produtos que mais pesam na inflação e, portanto, uma queda no preço final, mesmo que pequena, pode ajudar a conter o aumento do custo de vida para o consumidor. Pelas estimativas de André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), para cada 1% de redução no preço da gasolina, há um impacto de baixa de 0,05 ponto percentual no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês.