Alckmin tenta incluir tema clássico da agenda liberal em programa de Lula

Ex-governador de SP, que deve ser candidato a vice do petista, busca incluir discurso crítico à burocracia do estado

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) quer incluir a pauta da desburocratização — tema clássico da agenda econômica liberal e também explorado pelo governo Bolsonaro — no programa de governo da chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nas próximas semanas, ele deve apresentar as suas propostas para a equipe liderada pelo ex-ministro Aloizio Mercadante, escalado para coordenar o documento, e o tema deve estar em destaque.

Na carta na qual indicou Alckmin para o posto de vice, apresentada na sexta-feira da semana passada, o PSB pedia participação na elaboração do programa de governo da candidatura. Os representantes do partido de Alckmin que participarão da elaboração das propostas devem ser indicados nos próximos dias.

Em evento no último sábado da pré-candidatura de Márcio França (PSB) ao governo de São Paulo, Alckmin revelou a sua intenção de levar o tema da desburocratização para a campanha presidencial. O ex-governador disse que o país tem “burocracia permanente”, o que eleva o “custo Brasil”:

— Eu pretendo incluir isso na agenda de competitividade do Brasil: desburocratizar. Temos uma cultura cartorial, de criar regra, lei e norma para alguém cumprir e gastar dinheiro.

Como exemplo, citou a exigência de troca de extintores nos veículos. Falou também da experiência do economista Pérsio Arida, que foi seu assessor para assuntos econômicos na campanha presidencial de 2018, que abriu uma empresa na Inglaterra apenas com uma conta em banco.  Arida teve um encontro com Mercadante, no mês passado, mas não há perspectiva, por enquanto, de que ele participe das discussões sobre o programa de governo.

No mesmo evento de sábado, Alckmin também disse que o país sofre com “violência e miséria”. Ele falou da necessidade de acelerar o crescimento da economia e criticou com veemência a carga tributária regressiva do país, que faz com que os pobres paguem, proporcionalmente, mais imposto do que os ricos:

— É tudo em cima de consumo. Nos Estados Unidos, a taxa sobre o consumo é de 20% e aqui é de 50%.

Ao tocar no tema, elogiou Lula:

— O que o Lula fala? ‘Vou pôr o rico e o pobre no orçamento’. Isso é civilizatório

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que ainda não discutiu com Alckmin as propostas que serão apresentadas pelo partido às discussões do programa de governo da eleição presidencial.

 

 

 

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