Os salários dos governadores brasileiros variam conforme a legislação de cada estado, sendo estabelecidos pelas respectivas Assembleias Legislativas. De acordo com a Constituição Federal, esses subsídios não podem exceder o teto remuneratório do funcionalismo público, que corresponde ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), atualmente fixado em R$ 44.008,52.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), recebe o maior salário entre os governadores do país. Embora o subsídio oficial para o cargo seja de R$ 22.000, ela optou por manter sua remuneração como procuradora do estado, que é de R$ 42.145,88.
No Maranhão, o governador Carlos Brandão (PSB) sancionou um aumento de 107% em seu próprio salário, que passou de R$ 15.915 para R$ 33.006,39 a partir de junho de 2024. Segundo o governo maranhense, o salário do governador estava congelado desde 2014 e era o menor entre os chefes do Executivo estadual no país.
Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) teve um reajuste de quase 300% em sua remuneração. O subsídio mensal aumentou de R$ 10.500 para R$ 39.717,69 em 2024 e está previsto para chegar a R$ 41.845,49 em fevereiro de 2025. Esse aumento foi alvo de contestação judicial, mas o Supremo Tribunal Federal manteve a validade do reajuste.
Por outro lado, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), possui o menor salário entre os governadores, com um subsídio mensal bruto de R$ 21.788,97.
O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), recebe um salário bruto mensal de R$ 32.434,82. O valor segue os reajustes aprovados pela Assembleia Legislativa do Estado, considerando os limites estabelecidos pela Constituição Federal. Apesar do salário competitivo em comparação com outros estados do Nordeste, a remuneração de Azevêdo fica abaixo da média nacional dos governadores.
É importante destacar que, além do subsídio, a Constituição Federal proíbe o acréscimo de gratificações, adicionais, abonos, prêmios, verbas de representação ou qualquer outra espécie remuneratória para os governadores.
Essas variações salariais refletem as decisões das Assembleias Legislativas estaduais e consideram fatores como a realidade econômica local e a necessidade de atualização dos valores ao longo do tempo.
Estado | Governador | Salário bruto em 2024 (R$) |
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Acre | Gladson Cameli (Progressistas) | 39.717,69 |
Alagoas | Paulo Dantas (MDB) | 30.833,91 |
Amapá | Clécio Vieira (Solidariedade) | 33.000,00 |
Amazonas | Wilson Lima (União) | 34.070,00 |
Bahia | Jerônimo Rodrigues (PT) | 36.894,89 |
Ceará | Elmano de Freitas (PT) | 21.788,97 |
Distrito Federal | Ibaneis Rocha (MDB) | 29.951,94 |
Espírito Santo | Renato Casagrande (PSB) | 33.006,39 |
Goiás | Ronaldo Caiado (União) | 30.585,01 |
Maranhão | Carlos Brandão | 33.006,39 |
Mato Grosso | Mauro Mendes (União) | 30.862,79 |
Mato Grosso do Sul | Eduardo Riedel (PSDB) | 35.462,27 |
Minas Gerais | Romeu Zema (Novo) | 39.717,69 |
Pará | Helder Barbalho (MDB) | 35.363,55 |
Paraíba | João Azevedo (PSB) | 32.434,82 |
Paraná | Ratinho Júnior (PSD) | 33.763,00 |
Pernambuco | Raquel Lyra (PSDB) | 42.145,88* |
Piauí | Rafael Fonteles (PT) | 33.806,39 |
Rio de Janeiro | Claudio Castro (PL) | 21.868,14 |
Rio Grande do Norte | Fátima Bezerra (PT) | 21.914,76 |
Rio Grande do Sul | Eduardo Leite (PSDB) | 35.462,22 |
Rondônia | Marcos Rocha (União) | 35.462,22 |
Roraima | Antonio Denarium (PP) | 34.299,00 |
Santa Catarina | Jorginho Mello (PL) | 25.322,25 |
São Paulo | Tarcísio de Freitas (Republicanos) | 34.572,89 |
Sergipe | Fábio Mitidieri (PSD) | 33.739,87 |
Tocantins | Wanderlei Barbosa (Republicanos) | 30.100,00 |