Peritos do INSS ameaçam paralisação, solicitando reajustes salariais. O comunicado foi enviado ao Ministério da Previdência, que terá até 12 de janeiro para negociar e apresentar propostas.
Eles reivindicam um reajuste salarial de 23%, a contratação de pelo menos 1.500 novos peritos e o cumprimento de um acordo fechado em 2022 após uma greve.
Além disso, eles se opõem à implementação da teleperícia, que permitiria consultas médicas para liberação de benefícios por incapacidade feitas online, por computador e celular. Os peritos também mencionam a necessidade de contratação de mais médicos devido a um déficit de pelo menos 3.000 cargos vagos.
Eles consideram a paralisação uma medida contra o que veem como um tratamento prejudicial por parte do governo federal. Também citam pontos do acordo de 2022 que estariam sendo desrespeitados, incluindo mudanças na tabela de pontos, fim do agendamento programado e alterações no sistema de solicitação do auxílio-doença sem necessidade de perícia presencial.
Os peritos expressam preocupações com possíveis fraudes na concessão de auxílios e se opõem à teleperícia, afirmando que usarão sua prerrogativa técnica para recusar o procedimento se não estiver em conformidade com a ética médica, a LGPD e as normas gerais de segurança.