As estratégias de Adriano e Cícero para estarem no “script” da chapa da situação; ou oposição! – Por Gutemberg Cardoso

As recentes movimentações políticas no Grupo Governista na Paraíba, nesse período junino, vai conduzindo para a formação de uma chapa que a cada movimento vai se consolidando. A chapa com Lucas, governador e candidato à reeleição, os dois senadores João Azevedo e Nabor Wanderley, restando ainda a vaga de vice que pelo andar da carruagem deve ficar para Cícero Lucena, que deve indicar Mersinho para esta vaga. Observando o último movimento ontem em Bananeiras,no São João dos Carneirinhos, comandado pelo deputado Eduardo Carneiro e o seu irmão deixou bastante evidente esta chapa. Até Cícero estava presente e não esboçou reação à perspectiva da formação dessa chapa. Óbvio que Cícero ainda tem muito chão pela frente e tem um trunfo muito forte. Ele é o primeiro colocado nas pesquisas até então.

Agora vem a grande indagação, como as candidaturas de Cícero Lucena e Adriano Galdino, pré-candidatos a governador, vão conseguir espaço no script desta novela da chapa da situação? Muita dúvida, ainda temos. No entanto, Cícero tem adotado a estratégia de estar junto de todos para que seja ouvido e seja um partícipe na decisão final. Cícero sabe que o seu nome é muito forte, e em determinado momento ele pode ser convocado para ser o candidato para ganhar, já que ele lidera as pesquisas. Cícero também tem outro trunfo,que ele vai aguardar no momento certo.Ele percebe que João Azevedo pode desistir da disputa para o Senado e aí muda toda a configuração. Nessa hipótese, o nome de Cícero Lucena ganha força e poderá ser o candidato de João a governador. Cícero tem paciência, é um parceiro leal do grupo e saberá esperar.

Cícero também sabe que tem portas abertas na oposição para ser um candidato do outro lado, ou até um candidato como terceira via, mesmo ao lado de João Azevedo. Uma hipótese pouco provável, mas não descartada. A situação mais delicada é a de Adriano Galdino, que percebe que a chapa vai se formando e que o seu nome está ficando de fora.

Adriano Galdino, igual a Cícero, vai esperar também que João Azevedo desista da disputa para o Senado e aí seu nome pode subir de cotação, porque não lhe falta obstinação e coragem de ir para a luta, e o seu nome começa a crescer nas pesquisas, porque ele também começa a trabalhar as visitações. Adriano sabe também que não lhe faltará coragem para romper com o Republicanos e com o governo e se lançar candidato em outra frente. Já tem convite do PT e flerta do grupo de oposição. Não vejo a oposição com essa perspectiva de lhe oferecer a cabeça, mas tudo é uma questão de momento certo e de avaliação do eleitorado. Adriano pode crescer muito mais e se tornar um candidato forte. E aí seria cada vez mais abraçado por outros projetos que não o do governo.

O grupo do governador João Azevedo é muito forte e sabe que tem bons candidatos, porém não tem vaga na chapa para todos. Este é um problema que caberá ao governador no momento certo tentar resolvê-lo. Adriano e Cícero podem ser unificados com outros espaços que não na chapa. Cícero pode indicar o vice de Lucas, que seria Mersinho, porque é preciso ter o nome forte de João Pessoa e o cabedal político de Cícero.

Já no caso de Adriano, o governo não tem muito o que oferecer. Uma primeira suplência na chapa de Nabor para o Senado ou na de João também para o Senado. Adriano não se contentaria com pouco, tem também vagas no Tribunal de Contas, que já está sob o controle de Adriano, e também as futuras presidências da Assembleia para os próximos dois biênios. Adriano pode ser seduzido por uma proposta intermediária, mas a julgar pelas suas falas ultimamente, ele está determinado. Deve levar esse projeto de disputar o governo às últimas consequências. Pelo visto, não teremos neste mês junino a definição da chapa situacionista, teremos outros capítulos.

Pelo sim ou pelo não esta é a minha opinião.