ATAQUES, AMEAÇAS E GROSSERIA: gravações mostram assédio moral de Pedro Guimarães na Caixa – OUÇA

Os depoimentos nos quais funcionárias da Caixa denunciam episódios de assédio sexual envolvendo Pedro Guimarães, que até esta quarta-feira comandava o banco público, trazem também uma série de relatos de assédio moral.

Os testemunhos incluem situações em que Guimarães, a partir do cargo de presidente da Caixa, submeteu subordinados a constrangimentos diversos.

Ao longo da apuração, a coluna falou ainda com outros empregados da Caixa e reuniu elementos que corroboram os relatos.

Tivemos acesso, também com exclusividade, a registros em áudio que dão a dimensão dos arroubos, que ocorriam inclusive em reuniões de diretoria.

Guimarães, que deixou o cargo nesta quarta em razão das denúncias, detestava ser contrariado.

Com frequência, ele elevava a voz e usava palavreado grosseiro e até chulo para reagir a decisões tomadas pelos subordinados que o desagradavam.

Eis algumas dessas situações:

A fúria por perder remuneração de conselhos
Em uma reunião no fim do ano passado, Pedro Guimarães estrilou com executivos da Caixa em razão de uma decisão que havia sido tomada pelo conselho do banco sem que ele tivesse sido informado.

A coluna apurou com fontes ligadas ao Ministério da Economia que a fúria tinha a ver com dinheiro: o conselho havia aprovado uma mudança nas normas internas que passou a estabelecer um limite à nomeação de Guimarães para conselhos da própria Caixa e de empresas nas quais o banco tem participação.

Após a decisão, ele só poderia ser remunerado pela atuação em, no máximo, dois conselhos. Na prática, a mudança representava menos dinheiro no bolso do então presidente.

A partir de um levantamento em documentos oficiais da Caixa, a coluna apurou que, desde que assumiu o comando do banco, no primeiro dia do governo Jair Bolsonaro, Guimarães integrou pelo menos 18 conselhos. Pela participação na maioria deles, recebia remuneração.

A soma dos jetons a que ele tinha direito nesses conselhos alcança a cifra de R$ 130 mil. Além desses valores, Pedro Guimarães recebia ainda o salário mensal de presidente da Caixa, de R$ 56 mil.

A partir da alteração nas normas internas, a remuneração “extra” diminuiu sensivelmente. Pedro Guimarães atribuiu a aprovação da nova regra a uma suposta sabotagem de seus subordinados, que teriam deixado passar a mudança para prejudicá-lo financeiramente.

A certa altura da teleconferência, claramente irritado, Guimarães diz que os executivos do banco estariam trabalhando contra ele e contra o governo, e que eles mereciam “se f.” com um eventual retorno do ex-presidente Lula ao poder. Ouça:

Na mesma reunião, Pedro Guimarães pede a Celso Leonardo Derziê Barbosa, um amigo pessoal que ele alçou à posição de vice-presidente da Caixa, para anotar o CPF de todos os subordinados que estavam na conferência, para que fossem punidos com a perda dos cargos que ocupavam caso o teor da reunião vazasse.

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