Avião da PF cai e mata dois agentes de Brasília: o que se sabe
Acidente foi em Belo Horizonte. Aparelho apresentou problemas segundos depois de levantar voo do Aeroporto da Pampulha
O avião monomotor da Polícia Federal prefixo PR-AAB caiu, ontem, no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, poucos segundos depois da decolagem. Na queda, os policiais federais Guilherme de Almeida Irber e José de Moraes Neto, que estavam no comando da aeronave, morreram e o mecânico Walter Luís Martins ficou ferido — ele foi socorrido e encaminhado ao hospital João XXIII, na capital mineira. Os três são de Brasília.
Pelas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte dos agentes federais. “Com grande pesar soube do acidente envolvendo avião da Polícia Federal em Belo Horizonte e do falecimento de dois agentes, Guilherme de Almeida Irber e José Moraes Neto, que estavam a bordo. Meus sentimentos aos familiares, amigos e companheiros de trabalho da Polícia Federal pela perda”, publicou no X (antigo Twitter).
A PF também lastimou a tragédia. “A Polícia Federal já iniciou investigação para apurar as circunstâncias do acidente, envolvendo a aeronave Cessna Caravan 208B, e enviará nas próximas horas peritos especialistas em segurança de voo e acidentes aéreos para auxiliar nas apurações. A Polícia Federal se solidariza com os familiares e amigos das vítimas e decreta luto oficial de três dias”, salienta. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, foi ao local do acidente para colher informações sobre o que levou à queda do avião — que ficava no hangar da corporação em Brasília.
O agente Guilherme era conhecido no setor de aviação na capital federal. Era filho de piloto da Força Aérea Brasileira e se formou no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Em setembro de 2011, realizou seu primeiro voo solo e tinha pelo menos 13 anos de experiência. É um dos fundadores do grupo BSB Spotter, que reúne fotógrafos apaixonados pela aviação.
Testes
O avião passou por voos de testes duas vezes nesta semana, sendo um na segunda e outro na terça-feira. As informações constam do histórico de voo e manutenção da aeronave obtidos pelo Correio. O monomotor ficou quase dois meses sem sair do solo — entre o começo de dezembro do ano passado e o final de janeiro passado.