Bolsonaro já gastou R$ 2,6 milhões em alimentação no avião presidencial
A verba é usada para “abastecer” aviões com almoços, jantares, cafés da manhã, bebidas, salgados, sanduíches, castanhas, barras de cereais, frios, frutas e doces
Se em solo Jair Bolsonaro (PL) tenta construir uma imagem de pessoa humilde e ligada ao “povão”, nos céus seu comportamento é outro. Levantamento feito pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e sua equipe no portal da Transparência mostra que o governo federal já gastou R$ 2.599.696,46 em alimentos fornecidos a aviões utilizados pela Presidência da República, conforme divulgou Bela Megale.
O contrato para fornecimento de comida e bebida nos aviões foi firmado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) e tem sido prorrogado por Bolsonaro.
O cardápio inclui refeições prontas (almoço, jantar e café da manhã), bebidas não alcóolicas, lanches (salgados e sanduíches), petiscos (castanhas, barras de cereais e frios), frutas, doces e gelo.
“O presidente diz que é simples, come macarrão instantâneo e leite condensado, mas a realidade é outra. É dinheiro público pagando a conta dos luxos do Bolsonaro em plena crise. É vergonhoso. Esse tipo de serviço não é pago com o cartão corporativo, uma vez que a empresa mantém relação contratual por meio de licitação realizada pela presidência”, afirmou Vaz.
Em 2019, o governo federal gastou R$ 851.159,36 dos cofres públicos para abastecer e comida os aviões utilizados por Bolsonaro. Em 2020, o valor gasto foi de R$ 656.117,38. Em 2021 o valor saltou para R$ 889.583,37. Nestes primeiros três meses de 2022, a Presidência já gastou R$ 202.836,37.
O deputado afirmou solicitará à Presidência a documentação detalhada dos gastos, com apresentação de notas fiscais. Ele também quer apresentar na Câmara dos Deputados uma Proposta de Fiscalização e Controle (PFC) para pedir uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os gastos.