De acordo com uma matéria publicada na revista Veja, na noite desta quinta-feira (17), o tenente-coronel Mauro Cid decidiu que irá confessar participação em um suposto esquema de venda ilegal de joias recebidas pelo governo brasileiro e vai apontar Jair Bolsonaro (PL) como mandante do caso. A informação foi confirmada pelo advogado de Cid à revista.
Conforme publicado pela revista, o tenente-coronel deve dizer que providenciou a transferência do dinheiro conseguido com a venda das joias para o Brasil, entregando o montante em espécie para o ex-presidente.
Ele também irá pontuar às autoridades, ainda de acordo com a Veja, que fez a venda e entrega do dinheiro a mando de Bolsonaro. Além disso, a revista pontua que ficaria evidente que o ex-presidente teria conhecimento que ao menos alguns procedimentos da venda seriam irregulares.
O advogado de Cid também teria confirmado à Veja que irá se reunir com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para tratar da confissão.
Outro lado
Os representantes do ex-presidente disseram anteriormente que ele “jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos”.
Já o advogado Cezar Roberto Bittencourt, que defende o tenente-coronel Mauro Cid, disse que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro era um assessor que cumpria ordens do chefe.
“Mauro Cid, como assessor, segue ordens, cumpre ordens do chefe. [Cid] não tinha como se desvincular. Ele assessorava o presidente numa variedade de situações, além inclusive da função oficial. Quer dizer, ele servia para tudo”, declarou Bitencourt.