Além de discutir ações de revitalização do Centro Histórico de João Pessoa, a última edição do projeto “Câmara no Seu Bairro” realizada na manhã desta quinta-feira (14) no plenário da CMJP também ouviu as demandas dos moradores do Centro, Torre, Cruz das Armas, Roger, Jaguaribe e Ilha do Bispo. Com direito à fala, os representantes da população reivindicaram melhorias para a região.
O cidadão Evado Oliveira do Rangel solicitou ações efetivas em pelo menos 14 ruas no Varadouro que estão com prédios em ruínas e com marquises em situação de desabar.
Roberto Pires, da Ong Mãos Dadas, pediu a transferência da Unidade da Saúde da Família do Varadouro, que hoje funciona na lateral do antigo Colégio Nossa Senhora das Neves, para o Centro Histórico. Segundo Roberto, a unidade é localizada em uma ladeira, o que dificulta o acesso de idosos, gestantes e pessoas com deficiência. Ele destacou ainda a importância da habitação no Centro Histórico. “A gente precisa habitar o Centro com pessoas que realmente precisam morar aqui. A gente tem que se unir em prol do Centro, com segurança pública, com moradia, com a volta da integração”, declarou, salientando que a região é o coração da cidade.
Já Itamar Pontes reivindicou para o bairro de Jaguaribe uma Unidade de Saúde na Avenida Paulo Afonso, a volta do Ônibus 201 e do Terminal da Integração, manutenção das praças e melhorias na pavimentação asfáltica.
A presidente da Associação dos Ambulantes da Paraíba, Márcia Medeiros, ressaltou a necessidade da inclusão da categoria no planejamento da área. “Se não olhar para o trabalho informal, nada no Centro vai ser resolvido. O trabalho informal aquece, sim, a economia desse Brasil, desta cidade. E quando todo mundo fugiu do Centro da cidade, o trabalhador ambulante ficou lá. Se ele não está organizado, é porque não pararam para organizar, porque durante muito tempo acharam que o trabalhador ambulante tinha que sair do centro da cidade debaixo de um chicote, apanhando, e nós não vamos permitir isso nunca. O centro da cidade precisa ser pensado com quem ocupa, com os trabalhadores ambulantes”, enfatizou.