Após a divulgação de supostas irregularidades envolvendo emendas do deputado federal Gervásio Maia e da ex-deputada Edna Henrique, destinadas ao Hospital Padre Zé, o desenrolar do caso ainda está sob análise quanto ao encaminhamento jurídico, suscitando debates sobre a competência da Justiça Federal ou da Justiça Comum.
O advogado Alberlan Coelho, representante dos envolvidos, afirmou que ainda não é possível ter uma posição definida sobre o encaminhamento do caso. Segundo ele, o processo vai para o Ministério Público da Paraíba (MPPB) se manifestar e depois o juiz vai decidir, se vai encaminhar para Justiça Federal ou se vai ficar na justiça comum.
Entenda o Caso
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) estariam investigando emendas repassadas por deputados federais para o Hospital Padre Zé. A informação foi divulgada primeiramente no Programa Paraíba Verdade, conduzido por Samuka Duarte e Diego Lima, na Rádio Arapuan.
As emendas, que somaram R$350 mil, tinham como objetivo principal auxiliar venezuelanos internados na unidade hospitalar. Contudo, segundo os investigadores, Amanda Duarte da Silva e Janine Dantas Miranda, diretoras do hospital, teriam direcionado os recursos para a compra e aluguel de carros.
A emenda do deputado Gervásio Maia, por exemplo, teria sido utilizada para a compra de um veículo, que posteriormente teria sido sublocado em um contrato suspeito ao Instituto São José. O montante do aluguel seria de R$ 3.572,00 mensais, totalizando R$ 71.440,00, segundo informações dos membros da investigação.
Padre Egídio e Amanda Duarte encontram-se detidos desde o dia 17 de novembro, enquanto a ex-diretora Janine Dantas cumpre prisão domiciliar, utilizando tornozeleira eletrônica por ser lactante.
O desdobramento do caso promete continuar gerando discussões acaloradas, enquanto as autoridades competentes avaliam o encaminhamento mais apropriado para o desfecho desta trama envolvendo recursos públicos e supostas irregularidades.