O deputado estadual Chico Mendes (PSB), líder do governo na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), comentou nesta terça-feira (30) o cenário político para as eleições de 2026, com destaque para o papel do vice-prefeito de João Pessoa, Leo Bezerra (PSB), e sua relação com o governador João Azevêdo (PSB).
Em entrevista ao programa CBN João Pessoa, da rádio CBN Paraíba, Chico afastou qualquer possibilidade de rompimento entre Bezerra e o grupo governista. “Leo é muito querido pelo governador João Azevêdo, que o escolheu para ser vice de Cícero em 2020. Ele é do nosso partido, e até hoje não deu nenhum gesto que permita que seja tratado como alguém de fora. Tem a confiança do governador e de Cícero. Não posso julgar como traição”, afirmou.
O parlamentar admitiu que há divergências internas no PSB sobre os movimentos políticos de Leo, mas defendeu serenidade. “Tem companheiros que pensam diferente, mas precisamos compreender a complexidade do momento político”, disse.
As declarações ocorrem em meio à movimentação do prefeito Cícero Lucena, que deixou o Progressistas e tem se aproximado da oposição, sendo cotado como pré-candidato ao Governo da Paraíba em 2026. O gestor tem mantido conversas com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e dirigentes nacionais de outras legendas, além de ser especulado um possível retorno ao MDB.
Enquanto isso, o PP lançou o vice-governador Lucas Ribeiro como pré-candidato ao governo e criticou a saída de Cícero, chamando-a de “impulso individualista”.
Chico Mendes reforçou a necessidade de coesão na base governista. “Eu voto no nosso agrupamento: João, Lucas, Nabor. Até para deputado federal, escolho da base. Esses movimentos deixam as pessoas em dúvida. Por isso, temos que seguir a orientação do governador, que pede posicionamento”, declarou.
O líder governista também comentou a pré-candidatura do presidente da ALPB, Adriano Galdino (Republicanos), ao Executivo estadual. Para Chico, a postulação é legítima, mas depende de viabilidade eleitoral. “Adriano é um dos políticos mais experientes da Paraíba e erra pouco. Ele só será candidato se enxergar chances reais. Se não tiver, ele mesmo recua. Estamos em uma democracia, e é natural que as lideranças coloquem seus nomes”, avaliou.