O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, criticou durante entrevista ao JN o que chamou de “polarização odienta” e declarou que vai abrir mão do instituto da reeleição em nome da governabilidade.
O pedetista criticou tanto os governos do PT quanto a gestão Jair Bolsonaro e declarou que não foi responsável por construir uma “polarização odienta”. Apesar disso, reconheceu que seu estilo verborrágico pode atrapalhar a conquistar votos dos eleitores mais conservadores, principalmente nas regiões Sul e Sudeste.
“Querem repetir 2018 e repetir as coisas do passado e esperar resultado diferente é a Teoria da Insanidade, como dizia o [físico Albert] Einstein”, disse Ciro. “Eu não ajudei a construir essa polarização odienta”, acrescentou.
“O que destruiu a governança política brasileira nesse modelo é a reeleição. O presidente se coloca com medo dos conflitos O presidente se vende aos grupos picaretas da política, grupos de pouco escrúpulo republicano, porque tem medo de CPI e querem se reeleger. Eu tenho outra relação com a questão moral. Eu me garanto. Eu não sou corrupto. Eu não tenho medo de CPI”, disse Ciro Gomes.
Na entrevista, Ciro Gomes também prometeu instituir um Auxílio Brasil de R$ 1 mil e criar aproximadamente 5 milhões de empregos a partir da reestruturação da infraestrutura nacional.
Um dos melhores momentos de Ciro Gomes na sabatina do JN foi quando ele falou no modelo de governar. “Chamar isso de presidencialismo de coalizão, na expressão elegante do Fernando Henrique, ou nessa adesão vexaminosa e corrupta ao Centrão. (…) Então é a gente não chegar à conclusão que este modelo é a certeza de uma crise eterna. Lula para cadeia, Dilma cassada, Collor cassado, o PSDB nunca mais disputou a eleição nacional e o Bolsonaro desmoralizado agora”, disse ele.