O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu um processo disciplinar para investigar a conduta da juíza Elza Bezerra da Silva Pedrosa durante a campanha eleitoral do marido, Eymard Pedrosa (PSB), eleito prefeito de Mataraca nas eleições de 2024. A magistrada atua na 3ª Vara Mista da Comarca de Mamanguape e também responde pela 7ª Zona Eleitoral.
A portaria que autoriza a investigação foi publicada no Diário Oficial de Justiça do CNJ no dia 22 de outubro.
Na decisão, o ministro Mauro Campbell Marques, corregedor Nacional de Justiça, determinou que a apuração seja conduzida pela Corregedoria-Geral de Justiça da Paraíba, que terá 90 dias para investigar o caso e enviar um relatório conclusivo ao CNJ.
Segundo o corregedor, vídeos e fotos indicam possíveis indícios de participação política ativa da juíza Elza Bezerra durante a campanha do marido, o que pode configurar quebra de imparcialidade e violação das normas da magistratura.
“A magistrada, com atuação em funções eleitorais, realizou atos a fim de eleger seu esposo – Eymard de Araújo Pedrosa – no cargo de prefeito.”, evidencia o ministro no documento.
Diante dos fatos, o corregedor Nacional de Justiça determinou que a Corregedoria-Geral de Justiça da Paraíba investigue a atuação de Elza Bezerra da Silva Pedrosa no período eleitoral na região de Mamanguape e envie um relatório em até 90 dias. Por ora, o processo ficará suspenso até o envio das informações.
Com a decisão do CNJ, a Corregedoria-Geral de Justiça da Paraíba precisa informar o andamento da apuração sobre a investigação envolvendo a juíza Elza Bezerra da Silva Pedrosa até o mês de janeiro.
No entanto, Elza Bezerra da Silva Pedrosa já está sendo investigada pela Corregedoria-Geral de Justiça da Paraíba por possíveis práticas de ilícitos eleitorais, transferência irregular de domicílios eleitorais, coação de eleitores e corrupção eleitoral, com a suposta intenção de beneficiar a campanha do marido, Eymard Pedrosa. O processo foi instaurado no dia 19 de setembro de 2025, por meio do corregedor-geral de Justiça, desembargador Leandro dos Santos.
