O Partido Liberal (PL) deu sinais claros de que desistiu da insistência em manter Jair Bolsonaro como nome certo para a disputa presidencial de 2026. Depois da condenação do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe, o discurso de dirigentes nacionais e estaduais passou a admitir a inviabilidade de sua candidatura.
Publicada originalmente no portal do jornalista Luiz Torres, nesta terça-feira (16), a matéria revela a mudança de discurso do PL sobre a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2026.
Até então, a retórica oficial do PL era de negar qualquer plano alternativo, mesmo após decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que já haviam tornado Bolsonaro inelegível. A resposta-padrão era sempre de que ele estaria apto à disputa.
Agora, o cenário mudou. O presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto, declarou respeito à decisão do STF e até reconheceu que “houve um planejamento golpista”. Na Paraíba, o presidente estadual da legenda, Marcelo Queiroga, também abandonou a retórica de resistência e passou a admitir abertamente outros nomes como alternativas viáveis, a exemplo da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Mesmo que setores da direita insistam no debate sobre anistia, Queiroga deixou claro que o partido não seguirá gastando energia com a narrativa de que Bolsonaro poderá concorrer. Pelo contrário, avaliou que a condição do ex-presidente pode até render dividendos eleitorais: “com Bolsonaro preso, teremos até mais votos”, disse.