O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca nesta terça-feira (21) para um giro pela Ásia, com um possível encontro presencial com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no radar diplomático.
Até a próxima sexta-feira (24), o petista cumpre agenda oficial na Indonésia, onde realizará visita de Estado. Depois, segue para a Malásia, no domingo (26) e na segunda (27), onde será o primeiro presidente brasileiro a participar da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), em Kuala Lumpur.
Lula deve discursar durante o evento e retornar ao Brasil na terça-feira (28) da próxima semana.
O presidente brasileiro manteve o domingo (26) sem compromissos oficiais, à espera de uma eventual reunião com Trump, que também participará da cúpula da Asean.
De acordo com fontes do Palácio do Planalto, o encontro é considerado “muito provável”, embora ainda não esteja confirmado oficialmente. O Ministério das Relações Exteriores informou que as equipes presidenciais trabalham na definição dos detalhes.
A possibilidade de uma conversa presencial ganhou força após o breve encontro entre Lula e Trump durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, em setembro. Dias depois, ambos mantiveram uma conversa telefônica no início de outubro.
Apesar das especulações, o governo brasileiro não espera avanços concretos sobre o tarifaço de 50% imposto por Trump a alguns produtos brasileiros. A reunião, segundo fontes diplomáticas, deve ter caráter político e simbólico, reforçando o diálogo entre os dois líderes.
Lula deve chegar a Jacarta, capital da Indonésia, na tarde de quarta-feira (22). Na quinta (23), participa de cerimônia oficial no palácio presidencial e se reúne com o presidente Prabowo Subianto, com quem deve assinar atos bilaterais e conceder uma declaração à imprensa.
Na sexta-feira (24), Lula se reúne com o secretário-geral da Asean, Kao Kim Hourn, antes de seguir para a Malásia.
A cúpula da Asean será aberta no sábado (25). Lula deve se reunir com o primeiro-ministro Anwar Ibrahim e participar de encontros bilaterais. À tarde, receberá o título de doutor honoris causa pela Universidade Nacional da Malásia.
No domingo (26), o petista discursará na plenária da cúpula, onde deve defender o fortalecimento da parceria entre o Brics e o bloco asiático. O restante do dia está reservado para o possível encontro com Donald Trump.
O Brics, grupo formado em 2009 por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, conta hoje com 11 países membros. Em 2025, o Brasil assume a presidência rotativa do bloco, com duração anual.