Com novas ameaças, governo convoca PMs e Força Nacional
As medidas foram publicadas no DOU desta quarta-feira (11) e são assinadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino
Após a Advocacia-Geral da União (AGU) notificar o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre possíveis novas ameaças antidemocráticas, o governo federal decidiu reforçar a segurança pública do Distrito Federal.
Para proteger a capital, foram convocados para atuar policiais militares de oito estados, além da prorrogação da atuação da Força Nacional.
As medidas foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (11) e são assinadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
No último domingo (08), um grupo de contrários ao governo do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) invadiu e destruiu as sedes do Congresso Nacional e do STF e do Palácio do Planalto.
Desde então, o DF está em estado de alerta. Dois dias depois, Dino autorizou a mobilização das PMs de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão e Rio Grande do Sul.
Desta vez, o chefe da pasta incluiu o Acre, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Pará, Paraíba e Sergipe.
Veja a decisão:
Novas ameaças
Na noite de ontem (10), a AGU identificou novas possíveis ameaças antidemocráticas e acionou o STF para a tomada de medidas.
A solicitação, feita ao ministro Alexandre de Moraes, pede a notificação das autoridades competentes, a identificação dos veículos envolvidos, a prisão de cidadãos que ocupem vias e bloqueio de contas no Telegram, principal aplicativo de mensagem utilizado para a disseminação de falas antidemocráticas.
Segundo a advocacia, os atos de teor golpista estariam sendo planejados para acontecer nesta quarta-feira (11) em todas as capitais do país.
“O país se encontra na iminência de entrar com grave situação, novamente, após os trágicos eventos do domingo 08/01/2023, quando o mundo, estarrecido, assistiu à tentativa de completa destruição do patrimônio material e imaterial, além de todos o simbolismo que carregam das instituições democráticas”, diz Jorge Rodrigo Araújo Messias no documento.
Além de uma lista com nomes dos grupos investigados, a solicitação ainda conta com nomes de usuários de cada agrupamento.