CORRIDA PELA VICE: bastidores apontam oito nomes na disputa por vaga na chapa ao Governo da Paraíba em 2026

O xadrez político da Paraíba começa a se redesenhar para as eleições de 2026 e, além das articulações em torno da sucessão ao governo do Estado, a disputa pela vice-governadoria também movimenta os bastidores. Diversos nomes de peso surgem como possíveis candidatos a ocupar a segunda posição na chapa majoritária.

Entre os cotados está o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), que aparece como um dos principais articuladores do cenário atual. Com forte influência regional e trânsito em diferentes alas políticas, Galdino tem se colocado como peça-chave na composição de alianças e, nos bastidores, é apontado como possível vice na chapa do atual vice-governador Lucas Ribeiro (PP), com quem vem se entendendo politicamente dentro da base governista.

A deputada estadual Cida Ramos (PT) também é lembrada. Reconhecida pela atuação parlamentar e pelo histórico na defesa de pautas sociais, seu nome surge como opção para ampliar o diálogo com setores progressistas. Além disso, Cida aparece como possível vice na chapa de Lucas Ribeiro, pela proximidade com o governador João Azevêdo (PSB), ou até mesmo na de Cícero Lucena (sem partido), após o prefeito da Capital se aproximar do PT por meio do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB).

O vereador de João Pessoa Marcos Henriques (PT) também figura entre os nomes. Ligado à base sindical e aos setores de esquerda mais próximos dos movimentos populares, ele próprio se colocou como opção de vice, defendendo que a presença do PT na chapa é fundamental para garantir um palanque ao presidente Lula na Paraíba.

Do campo oposicionista, surgem nomes de expressão nacional como o deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) e o ex-parlamentar Pedro Cunha Lima (PSD). Ambos já disputaram cargos majoritários e trazem representação eleitoral às articulações.

Nos bastidores, Romero é apontado como possível vice na chapa do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, após o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) afirmar que o ex-prefeito de Campina Grande tem inclinação para apoiar o gestor da Capital nas eleições de 2026.

Pedro, por sua vez, apesar de ter sinalizado interesse em disputar novamente o Governo da Paraíba, é visto como provável vice na chapa do senador Efraim Filho (União Brasil), com quem mantém diálogo político e alinhamento estratégico.

Deusdete Queiroga é considerado um dos quadros mais técnicos do governo João Azevêdo. O nome do secretário tem sido ventilado com força dentro do PSB para compor a chapa majoritária, especialmente caso Azevêdo renuncie ao cargo em abril de 2026 para disputar o Senado — cenário visto como provável por aliados.

A primeira-dama de Campina Grande, Juliana Cunha Lima, afirmou recentemente que pode entrar na disputa eleitoral de 2026, cogitando as possibilidades de candidatura a vice-governadora ou deputada estadual. Segundo ela, a decisão será tomada em diálogo com aliados e conta com o apoio do marido, o prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil), para definir com liberdade seu futuro político.

Olívia Motta, por sua vez, surge como o nome da suposta nova estratégia política do Republicanos para compor a chapa governista, com a indicação da médica à vice-governadoria sendo uma condição para a desistência do pai dela, o prefeito de Patos, Nabor Wanderley, da disputa pelo Senado Federal.

Com a pluralidade de nomes, a definição da vice-governadoria deve ser um dos pontos centrais das negociações. A escolha vai depender do desenho das alianças nacionais e estaduais, além da capacidade de cada liderança agregar votos e equilibrar forças dentro das chapas.