Nas eleições municipais, alguns vereadores foram eleitos com menos de 50 votos em diferentes municípios brasileiros, destacando o caso extremo da cidade de Borá, no interior de São Paulo, onde cinco dos nove vereadores conseguiram uma vaga com 50 votos ou menos.
No Brasil, há 55 vereadores exercendo mandatos após serem eleitos com 50 votos ou menos. O vereador com o menor número de votos em 2020 foi eleito em Borá, município com o menor colégio eleitoral do país, com apenas 29 votos.
A segunda cidade com elevada proporção de vereadores eleitos nestas condições foi Jardim Olinda, no interior do Paraná, com quatro eleitos com 50 ou menos votos.
Em alguns casos, a alteração no quadro de vereadores eleitos ocorreu após nova totalização de votos devido a cassações por fraude eleitoral. São os casos de Castelândia, no interior de Goiás, de Colômbia, em São Paulo, de Flores do Piauí, no interior piauiense, e de Pacujá, no Ceará. Essas cidades, em conjunto com a Câmara Municipal de São Sebastião do Rio Verde, no interior de Minas Gerais, também tiveram parlamentares eleitos com menos de 50 votos.
O sistema de votação proporcional, adotado para eleições legislativas, permite que candidatos sejam eleitos com poucos votos, embora nem sempre os mais votados sejam os eleitos.
Em tese, o sistema busca garantir a pluralidade de partidos, mas pode gerar distorções na representatividade, como a sub-representação de mulheres e pessoas negras.