Disputa pela mesa diretora da Câmara Municipal de Casserengue (PB) vira motivo de guerra nos bastidores e exonerações geram revolta
A eleição pela mesa diretora Câmara Municipal de Casserengue, no Agreste Paraibano, acontece no próximo mês, no dia 1º de janeiro de 2025, data da posse dos vereadores. Na cidade, a disputa política para o biênio 2025/26 se tornou o principal assunto nas rodas de conversas.
Logo após as Eleições 2024, dois grupos se formaram, ambos da base do prefeito reeleito Antônio Judivan (Van de Galega-PSB).
De um lado aparece o atual presidente Danilo Marques que tem o apoio de Welliton Tavares, e do outro estão outros 4 vereadores da base, Francinaldo Barbosa (vereador mais votado), Willian Basílio (2º vereador mais votado), Verinho Neixa e Augusto Belarmino.
Após ser publicado nas redes sociais a intenção de concorrer a mesa diretora, o segundo grupo ganhou o importante apoio de Severo Lima, que mesmo sendo da oposição, abraçou o projeto e solidificou a maioria da casa.
Hoje, este segundo grupo já soma 6 dos 9 votos da casa (com o declarado apoio de Juruna vereador eleito junto com Severo no PL), o que representa imensa maioria e concretiza o grupo solidificando a candidatura de Verinho Neixa para primeiro biênio (2025/2026), além de indicar solidez para a presidência também para o segundo biênio (2027/2028) com o nome de Francinaldo Barbosa para presidente.
No que diz respeito aos desdobramentos para eleição da mesa diretora, não há surpresa visto que em todas as cidades tem ocorrido casos semelhantes, a peculiaridade se dá pelo fato que após a formação dos grupos, houveram diversas demissões de funcionários ligados aos vereadores Francinaldo Barbosa, Willian Basílio e Verinho Neixa, o que escancara o descontentamento da gestão com relação ao futuro da casa Valmir Antônio da Costa.
Ao que tudo indica, as demissões são uma suposta represália aos vereadores da base que não apoiaram os nomes de Danilo Marques e Welliton Tavares, que seriam os escolhidos da alta cúpula da gestão para presidir a Câmara.
A saída de nomes importantes da gestão, como o ex-secretário de Saúde, José Basílio (conhecido como Zito), gerou comoção na população que atribui ao seu trabalho a melhora nos serviços da saúde municipal.
Vale lembrar que em caso de rompimento, por hora, o prefeito iniciaria seu segundo mandato contando com uma bancada de apenas 3 vereadores, o que seria uma manobra arriscada que pode instabilizar a gestão.