O prefeito interino de Cabedelo, Edvaldo Neto (Avante), tomou posse na tarde desta segunda-feira (15) e afirmou que fará apenas mudanças pontuais na administração municipal, assegurando estabilidade aos servidores públicos. Em discurso durante a solenidade, ele destacou que não haverá perseguições políticas nem demissões em massa em razão do momento de instabilidade vivido pela cidade.
Edvaldo Neto ressaltou que sua gestão será marcada pelo respeito aos profissionais que atuam na Prefeitura e pelo compromisso com a continuidade dos serviços públicos. Segundo ele, todos os ocupantes de cargos comissionados terão espaço na administração, desde que estejam comprometidos em trabalhar em favor da população de Cabedelo.
O prefeito interino também pediu que os servidores mantenham um tratamento respeitoso e humano com a população, reforçando que o foco da gestão será garantir dignidade no atendimento e preservar os avanços do município, mesmo diante do cenário político delicado.
A posse de Edvaldo Neto ocorre após o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) rejeitar, nesta segunda-feira (15), os embargos de declaração apresentados pela defesa do prefeito eleito André Coutinho (Avante). Com isso, foi mantida a decisão que cassou os mandatos de André Coutinho, da vice-prefeita Camila Holanda (PP) e do vereador Márcio Alexandre (União Brasil), por abuso de poder político e econômico, compra de votos, uso indevido de recursos públicos e suposta interferência de organização criminosa no processo eleitoral.
Na mesma decisão, o ex-prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo Castelliano, foi declarado inelegível por oito anos, acusado de ter promovido nomeações de supostos integrantes de organização criminosa na administração municipal.
Com a rejeição dos embargos, Cabedelo deverá realizar uma nova eleição direta para escolha de prefeito e vice, após o trânsito em julgado do processo. Até lá, Edvaldo Neto, na condição de presidente da Câmara Municipal, assume o comando do Executivo de forma interina. A defesa de André Coutinho informou que pretende recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na tentativa de reverter a cassação.

