O primeiro turno das eleições municipais demonstrou o fortalecimento dos candidatos e partidos de centro e direita. Entre as 26 capitais brasileiras, 11 definiram seus vencedores no primeiro turno, todos eles de partidos de direita e centro.

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, saiu vitorioso em duas capitais: Maceió e Rio Branco. Ademais, conseguiu marcar presença em outras nove: Belo Horizonte, Fortaleza, João Pessoa, Aracaju, Cuiabá, Goiânia, Manaus, Belém e Palmas.

O PSD, sigla do chamado Centrão, venceu em três capitais: Rio de Janeiro, São Luís e Florianópolis. Além disso, a legenda foi para a segunda rodada de votação em outras duas: Belo Horizonte e Curitiba.

Outra sigla do Centrão, o União Brasil, conseguiu as prefeituras de Salvador e Teresina, além de levar outras quatro capitais ao segundo turno: Natal, Porto Velho, Goiânia e Campo Grande. O MDB venceu duas (Macapá e Boa Vista) e disputa em mais três: São Paulo, Porto Alegre e Belém.

Como está a esquerda?

Ao contrário da direita e o centro, a principal sigla de esquerda no país atualmente, o PT, não teve um bom desempenho no geral. A legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não conseguiu emplacar nenhum prefeito nas capitais durante o primeiro turno.

Apesar disso, os petistas conseguiram colocar nomes em quatro cidades para o segundo turno: Fortaleza, Natal, Porto Alegre e Cuiabá.

O PSOL e PDT, que contracenam com o PT na esquerda brasileira, também tiveram um desempenho pífio entre seus postulantes.

Em Belém, o atual prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL) teve apenas 9,78% dos votos válidos, amargando críticas a sua candidatura.

Já o PDT, que governava Fortaleza e Aracaju, perdeu a capital cearense, que terá uma disputa entre PL e PT. Na capital sergipana, a sigla perdeu o primeiro turno para o PL por uma diferença de mais de 17 pontos percentuais.

Em contrapartida, apenas o PSB, partido de centro-esquerda, elegeu um prefeito nesta fase: João Campos, em Recife. O pesebista venceu a eleição com 78,11% dos votos válidos.