Com a aproximação das eleições de 2026, partidos políticos brasileiros de diversos espectros intensificam negociações para formar alianças estratégicas. Essas movimentações visam garantir sobrevivência política, acesso a recursos financeiros e a preservação de ideologias.
Federação entre PP e União Brasil
Uma das articulações mais avançadas ocorre entre o Progressistas (PP) e o União Brasil. As siglas discutem desde o ano passado a formação de uma federação partidária que, se concretizada, resultaria na maior bancada da Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares. Essa união permitiria acesso ampliado ao fundo partidário e ao tempo de propaganda eleitoral, fortalecendo a posição do bloco nas eleições de 2026.
O Republicanos chegou a participar das negociações, mas optou por se retirar após consultas internas. As decisões finais sobre a aliança estão previstas para serem tomadas em reuniões internas das siglas nesta semana.
Preocupações entre partidos de esquerda
A possível formação dessa “superfederação” no Centrão gera apreensão em partidos de esquerda, como PT, PCdoB e PV. Dirigentes dessas legendas consideram ampliar sua atual federação, incluindo partidos como PDT e PSB, para equilibrar forças e enfrentar o potencial fortalecimento da direita nas próximas eleições.
Desafios para PSOL e Rede Sustentabilidade
Paralelamente, a federação formada por PSOL e Rede Sustentabilidade enfrenta desafios. Caso os resultados das eleições de 2022 se repitam, a aliança corre o risco de não atingir a cláusula de barreira, perdendo acesso ao fundo partidário e ao tempo de propaganda em rádio e TV.
Há sinais de desgaste na parceria, com membros da Rede questionando a continuidade da federação. Enquanto isso, o PSOL busca fortalecer sua posição escolhendo candidatos com potencial para atrair votos e superar as barreiras impostas pela legislação eleitoral.
Essas movimentações refletem um cenário político dinâmico, no qual partidos buscam estratégias para se fortalecer e assegurar relevância no pleito de 2026.
