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Ex-governador perde direitos políticos por 12 anos após condenação em caso de propina: SAIBA MAIS

José Roberto Arruda, ex governagor do DF, foi condenado à suspensão dos direitos políticos por 12 anos e ao pagamento de multa no valor de R$ 152,5 mil nesta segunda-feira (28). a condenação é fruto da Operação Caixa de Pandora,  a 2ª Vara da Fazenda Pública do DF disse que ficou comprovado pagamento de propina da empresa Uni Repro por meio de Durval Barbosa.

Segundo o juiz Daniel Eduardo Branco Carnacchioni, ficou comprovado nos autos que a empresa Uni Repro Serviços Tecnológicos pagou propina de R$ 152,5 mil, em outubro de 2009, para manter o contrato de informática com o GDF. A Uni Repro recebeu do governo local pagamentos de R$ 45,1 milhões, por meio da matriz e da filial, no período de 2007 a 2009.

“As provas se conectam e formam um conjunto probatório robusto e harmonioso. Além de terem os nomes citados em gravações, os demais réus condenados nesta ação de improbidade tiveram suas vozes e/ou imagens captadas, o que evidencia participação direta no esquema de propina dos contratos de informática, em relação à empresa Uni Repro”, destacou o juiz, na sentença.

Um vídeo mostra a representante da empresa, Nerci Soares Bussamra, entregando R$ 152,5 mil ao então secretário de Relações Institucionais do DF e delator da Caixa de Pandora, Durval Barbosa. Segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Arruda foi beneficiado com o recurso ilícito.

O advogado Paulo Emílio Catta Preta, que representa José Roberto Arruda e José Geraldo Maciel, criticou a sentença, afirmando que “causa surpresa que as provas já reconhecidas e declaradas ilícitas pela Justiça Eleitoral sejam reutilizadas para condenar Arruda por ato de improbidade”. Segundo ele, provas contrárias ao direito não devem servir para fundamentar uma condenação, e a defesa espera que a sentença seja reformada em instâncias superiores.