Fazendeiro acusado de matar sem-terra doa R$ 100 mil para partido de Bolsonaro
Um fazendeiro denunciado por suposta participação nos assassinatos de dois sem-terra no Pará faz parte da lista de representantes do agronegócio que doaram ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. A informação é do portal Metrópoles.
Bolsonarista, ele afirmou que fez doação de R$ 100 mil ao diretório nacional do PL a pedido do presidente da sigla na sua cidade, Julio Cesar Araújo Oliveira —conhecido por forjar atentado a tiros contra si para se eleger prefeito de Parauapebas.
O fazendeiro, conhecido como Lazinho, é acusado de envolvimento nas mortes de dois líderes do MST (Movimento de Trabalhadores Sem-Terra) em Parauapebas, em abril de 1998.
Um grupo de fazendeiros, de acordo com o Ministério Público, assassinou a tiros os sem-terra Onalício Araújo Barros, o “Fusquinha”, e Valentim Silva Serra, o “Doutor”, após a reintegração de posse de uma fazenda invadida pelo MST.
Ainda segundo o portal Metrópoles, Lazinho e outros seis acusados respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Isso porque, depois da execução, eles embrulharam o corpo de um dos sem-teto em uma lona e o desovaram a dez quilômetros do local do crime.
O fazendeiro aguarda julgamento no Tribunal do Juri desde 2018. Ao portal Metrópoles, Lazinho afirmou ser inocente: “Eu fui envolvido por ser conhecido aqui na região, mas eu nem estava lá presente”.