O acordo para a formação da federação entre PP e União Brasil prevê uma gestão compartilhada em nove estados, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Pelo modelo em discussão, cada partido assumiria o comando de outros nove estados individualmente.
Na noite da última terça-feira (18), o PP aprovou a continuidade das negociações para a criação da federação. Já o União Brasil também se reuniu no mesmo dia, mas ainda precisa definir sua posição. Parlamentares avaliam que a federação fortaleceria ambas as legendas, ampliando o acesso ao fundo eleitoral e ao tempo de propaganda eleitoral, além de solucionar impasses na formação de chapas em alguns estados.
De acordo com a proposta em debate, os partidos dividiriam a gestão no Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Nesses estados, a federação pode beneficiar quem tiver candidato próprio ao governo ou mais de uma candidatura na disputa majoritária.
O PP ficaria responsável por Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina, mantendo diretórios estratégicos sob influência de lideranças como Ciro Nogueira, presidente do partido e representante do Piauí, e Arthur Lira, ex-presidente da Câmara dos Deputados, de Alagoas.
Já o União Brasil comandaria os estados do Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte e Rondônia.
A federação exige que os partidos permaneçam unidos por quatro anos. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para participar das eleições, o estatuto da federação deve ser registrado até seis meses antes do pleito.