O ex presidente Fernando Collor recebeu voto favorável à sua condenação a 33 anos de prisão para os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O Ministro do STF Edson Facchin votou nesta quarta-feira (17) de forma favorável á condenação de Fernando Collor de Melo (PTB-AL) a 33 anos, 10 meses e dez dias de prisão.

A investigação que faz parte da Operação Lava jato onde Collor teria recebido propina de R$ 20 milhões da BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras.

A denúncia foi apresentada em 2015 e o caso foi levado a julgamento por estar próximo de prescrever, ainda faltam os votos dos outros ministros para a conclusão do processo. Alexandre de Moraes ainda não se manifestou sobre a penalidade. O julgamento será retomado na sessão desta quinta (18/5).

Para Fachin, ficou comprovado que Collor recebeu, com o auxílio do empresário Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, vantagem indevida no valor de R$ 20 milhões como contraprestação à facilitação da contratação da UTC Engenharia pela BR Distribuidora. O delito foi narrado por Ricardo Pessoa, dono da construtora, e corroborado por outros elementos de prova, segundo o magistrado.

“O juízo de reprovação que recai sobre sua conduta é particularmente intenso, na medida em que se trata de quem exerceu por muito tempo representação popular (prefeito de Maceió, governador do estado de Alagoas, presidente da República, deputado federal e senador da República pelo estado de Alagoas), obtida por meio da confiança depositada pelos eleitores em sua atuação.”