O deputado federal Gervásio Maia (PSB-PB) comentou nesta sexta-feira (19), os bastidores da votação da chamada PEC da Blindagem. Ele admitiu que acompanhou a orientação do líder da bancada, Pedro Campos, mesmo tendo posição pessoal diferente sobre o tema.
“Mesmo tendo minha opinião divergente, acompanhei o líder, porque tínhamos maioria no colegiado e isso dá segurança à decisão. Foi uma decisão difícil, sensível e antipática, mas precisava ser tomada dentro do colegiado”, declarou o parlamentar, ressaltando que a escolha foi pautada pelo sentimento da bancada e pelo compartilhamento de responsabilidades.
Ao detalhar a tramitação da proposta, Gervásio relatou que o assunto foi debatido no colegiado de líderes da Câmara, houve ajustes de última hora no texto e necessidade de ouvir outros deputados antes de consolidar o posicionamento. “Quando fui chamado à reunião da bancada do PSB, o líder Pedro Campos apresentou a pauta. Mesmo surpreso com a proposta, segui o colegiado, sabendo o impacto que teria perante a sociedade”, disse. Ele frisou que não se arrepende: “Não há arrependimento. Tomei a decisão medindo as consequências, assumindo a responsabilidade pelo ato”. O deputado acrescentou que, apesar de o voto aberto ter sido preservado em parte do processo, mudanças posteriores tornaram a votação secreta. Para ele, decisões desse tipo exigem “um exercício de política coletiva, de colegiado, de responsabilidade com o partido e com a sociedade”.
