Em depoimento à Polícia Federal em Brasília, Walter Delgatti, conhecido como o “hacker de Araraquara”, trouxe à tona informações explosivas. Ele afirmou que recebeu cerca de R$ 40 mil da deputada Carla Zambelli (PL-SP) para invadir sistemas judiciários. O objetivo era mostrar a fragilidade dos sistemas. O encontro entre Delgatti e Zambelli ocorreu em setembro de 2022, às vésperas das eleições, em um posto de gasolina.

Delgatti tentou acessar a urna eletrônica, mas sem sucesso, pois o código fonte não estava conectado a um computador em rede. Ele então recebeu a ordem de invadir o celular e o e-mail do ministro Alexandre de Moraes em busca de conversas comprometedoras, porém, não encontrou nada relevante, já que havia acessado o e-mail de Moraes em 2019.

A reviravolta ocorreu quando Delgatti conseguiu acesso ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele propôs a emissão de um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, dando a entender que o próprio Moraes o havia emitido. Zambelli revisou e publicou o mandado após ajustes no texto, que continha erros de português.

Além disso, Delgatti mencionou que Zambelli o levou para um encontro com o presidente Jair Bolsonaro, na residência oficial do presidente, o Palácio da Alvorada, em agosto de 2022.

Essas revelações lançam luz sobre possíveis manobras políticas e levantam questões sobre a integridade dos sistemas judiciários. A defesa de Carla Zambelli nega as acusações. No entanto, as declarações de Delgatti enfatizam a necessidade de investigação minuciosa para esclarecer essa situação complexa, com possíveis ramificações no cenário político do país.

VEJA A ENTREVISTA COM O ADVOGADO DE DELGATTI

 

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