O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), usou as redes sociais nesta segunda-feira (30) para reafirmar sua posição favorável à derrubada dos decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que aumentavam alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em vídeo, o parlamentar afirmou que o Congresso apenas reagiu a uma medida impopular e que o governo foi previamente alertado sobre a resistência ao tema.
“Capitão que vê o barco indo em direção ao iceberg e não avisa, não é leal, é cúmplice. E nós avisamos ao governo que essa matéria do IOF teria muita dificuldade de ser aprovada no Parlamento”, declarou Motta, rebatendo críticas de que teria “traído” o Planalto ao não avisar previamente sobre a inclusão da proposta na pauta.
O deputado também negou agir em prol de interesses individuais e reforçou sua independência. “Presidente de qualquer Poder não pode servir a um partido, tem que servir ao seu país”, afirmou.
A derrubada dos três decretos representou uma derrota significativa para o governo federal. Na Câmara, 383 parlamentares votaram contra os reajustes no IOF, inclusive 242 de partidos aliados. No Senado, a decisão foi aprovada de forma simbólica, sem registro nominal dos votos.
A manobra política pegou o Palácio do Planalto de surpresa, já que a proposta foi anunciada por Motta quase à meia-noite do dia 24, e votada no dia seguinte. Mesmo com a derrota, Hugo Motta tem reiterado que a medida teve respaldo do Parlamento e refletiu o descontentamento com o aumento da carga tributária.
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