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Hugo Motta se irrita com vídeos de IA que o satirizam nas redes sociais: “Hugo Nem Se Importa” viraliza

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem demonstrado forte incômodo com a circulação de vídeos satíricos produzidos por inteligência artificial que ironizam sua atuação política. Os conteúdos, que viralizaram nas redes sociais nos últimos dias, retratam o personagem fictício “Hugo Nem Se Importa”, uma caricatura inspirada diretamente no parlamentar paraibano.

De acordo com o jornalista Valdo Cruz, da GloboNews, aliados próximos relatam que Motta está “muito irritado” com a repercussão das peças, que o retratam como alguém desconectado da realidade popular e alinhado aos interesses da elite econômica.

Um dos vídeos mais compartilhados simula um jantar do personagem com empresários, em referência a um evento real promovido pelo ex-governador João Doria, na última segunda-feira (30). Na cena, o personagem levanta um brinde “aos ricos”, em alusão à atuação de Motta na condução da votação que derrubou decretos do presidente Lula (PT) que previam aumento do IOF — medida que desagradou setores da base governista, mas foi bem recebida pelo empresariado.

Outro vídeo mostra o personagem satírico bebendo uísque direto da garrafa, uma paródia a imagens reais do deputado durante as festas juninas no município de Patos, registradas neste ano. A associação de sua imagem ao estilo de vida luxuoso e decisões políticas polêmicas tem sido explorada por críticos nas redes sociais, com forte apelo humorístico e tom de denúncia.

A equipe de Hugo Motta considera que os vídeos ultrapassam o limite da crítica política e avalia que há motivações eleitorais por trás das produções. Apesar disso, até o momento não há confirmação de que o parlamentar vá recorrer judicialmente contra os responsáveis pelas sátiras com uso de IA.

As paródias emergem em um momento de alta tensão entre o Legislativo e o Executivo, após a votação-relâmpago no Congresso que anulou medidas econômicas do governo federal. A repercussão dos vídeos satíricos pode se tornar mais um elemento na disputa de narrativas entre os grupos políticos em Brasília.

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