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Investigado na Operação Indignus, ex-diretor do Hospital Padre Zé, padre Egídio depõe no Gaeco, em João Pessoa

O ex-diretor do Hospital Padre Zé, Padre Egídio de Carvalho, suspeito de desviar verbas da unidade, está neste momento na sede do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, em João Pessoa.  Padre Egídio, que estava em Recife, no Estado de Pernambuco, chegou acompanhado de uma equipe de advogados para apresentar sua defesa no caso.

A apresentação do ex-diretor do Padre Zé acontece um dia depois de o Gaeco, junto com a Polícia Civil da Paraíba, Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba e Controladoria-Geral do Estado da Paraíba deflagraram a “Operação Indignus”.

O advogado Sheyner Asfora já havia informado que o padre Egídio deu autorização para que ele entrasse em contato com o GAECO (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) para agendar uma data para seu depoimento.

A OPERAÇÃO

A Força Tarefa composta pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco), pela Polícia Civil da Paraíba da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, pela Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba e pela Controladoria-Geral do Estado da Paraíba, deflagraram, na manhã desta quinta-feira (05) a “Operação Indignus”.

O padre e ex-diretor do Hospital Padre Zé, Egídio de Carvalho, é um dos alvos dos mandados de busca e apreensão da operação. Além do pároco outras pessoas da administração do hospital também são alvos. Entre estas pessoas está a diretora administrativa do hospital, Jannyne Dantas e a tesoureira da unidade hospitalar filantrópica, a Amanda Duarte.

Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela  4ª Vara Criminal de João Pessoa. São oito mandados cumpridos na capital paraibana, um no município do Conde e dois no município de São Paulo (SP). Conforme apurou a reportagem, na capital os mandados cumpridos são nos bairros do Bessa e Cabo Branco, na área nobre da capital.

De acordo com o Gaeco, a investigação aponta para uma absoluta e completa confusão patrimonial entre os bens e valores de propriedade das referidas pessoas jurídicas com um dos investigados, com uma considerável relação de imóveis atribuídos, aparentemente sem forma lícita de custeio, quase todos de elevado padrão, adornados e reformados com produtos de excelentes marcas de valores agregados altos.

As condutas, a princípio, indicam a prática de organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.

A Indignus conta com a participação de 36 integrantes do GAECO-PB (incluindo membros e servidores), com 28 integrantes da Polícia Civil da Paraíba (delegados e policiais civis), com 8 componentes do GAECO-SP, além do apoio da SEFAZ e CGE, formando uma efetivo de aproximadamente 72 agentes públicos.