O vice-governador da Paraíba, Lucas Ribeiro (PP), tentou esfriar o clima interno no Progressistas após a declaração do senador Ciro Nogueira, presidente nacional da sigla, que condicionou o apoio do partido a um candidato à Presidência da República em 2026 ao compromisso explícito de conceder indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.
A manifestação de Lucas ocorreu nessa quarta-feira (26), durante a entrega da segunda etapa do viaduto Luciano Agra, em João Pessoa.
“Momento exige prudência”, diz Lucas
Questionado sobre como a fala de Ciro pode repercutir em seu próprio projeto político — já que é cotado para disputar o Governo da Paraíba em 2026 —, Lucas evitou tensionar com a direção nacional do PP.
Segundo ele, o partido ainda aguarda definições sobre o funcionamento da federação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Não há definição sobre como será o protocolo da Federação no TSE. Estamos aguardando o que realmente vai acontecer”, declarou, adotando um tom de cautela.
O vice-governador não entrou no mérito da proposta do senador, preferindo sinalizar que qualquer posicionamento definitivo dependerá das decisões institucionais da federação partidária.
Declaração de Ciro provoca repercussão nacional
A fala de Ciro Nogueira, feita na terça-feira (25), colocou o PP no centro do noticiário político ao exigir que qualquer candidato à Presidência apoiado pela sigla assuma, de forma pública, o compromisso de conceder indulto a Bolsonaro e aos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
“O critério é excludente: apoiar quem se comprometer com o indulto ao presidente Bolsonaro e aos que participaram das depredações. Direto e reto”, publicou o senador nas redes sociais.
A postura endurecida gerou debate dentro e fora do partido, especialmente entre lideranças regionais que buscam manter distância de temas nacionais polarizantes para preservar projetos próprios em 2026 — caso de Lucas Ribeiro na Paraíba.






