Em entrevista ao Metrópoles, ex-ministra considera candidatura ao Congresso em 2022: “Estou refletindo com muito senso de responsabilidade”
Ex-ministra do Meio Ambiente, ex-senadora e ex-candidata à Presidência da República, Marina Silva (Rede) classificou de “empobrecimento da política” o atual momento do país, que se aproxima da corrida eleitoral: “Não adianta fazer uma despolitização já no primeiro turno, com uma guerra entre o bem e o mal”.
A poucos meses das eleições, Marina afirmou que o país vive um cenário político em que não se deve subestimar o bolsonarismo.
“PT e PSDB ficaram tanto tempo no poder e não ampliaram e aprofundaram nossa democracia, e o que aparece [como resultado disso] é Bolsonaro. Não fomos capazes de institucionalizar políticas públicas para que elas não ficassem ao bel-prazer de quem está de ‘plantão’ no Palácio do Planalto”, frisou.
Neste ano, a sigla de Marina, a Rede Sustentabilidade, aprovou a formação de uma federação partidária com o PSol. Na prática, a união irá permitir que as siglas juntem os resultados obtidos na eleição para superar a cláusula de barreira, que permite acesso ao Fundo Partidário eleitoral e tempo de televisão e rádio.
“A Rede e o PSol são partidos programáticos que têm pontos muito diferentes em termos de percepção. Trabalhamos com a ideia de que somos necessários na democracia para alcançar determinados objetivos em benefícios do país”, analisou.
Apesar da movimentação de algumas lideranças para apoiar a candidatura da ex-ministra, Marina ainda não tem uma resposta sobre se vai concorrer no próximo pleito. “Estou fazendo uma reflexão que não é fácil. Eu não tinha no meu horizonte retornar ao Congresso Nacional, mas estou refletindo com muito senso de responsabilidade.”