O grupo de pesquisa Quaest sob coordenação jornalística da Folha está analisando 1.218 grupos públicos nas redes sociais afim de encontrar disparos em massa, e tendências eleitorais fazendo monitoramento e rastreamento de mensagens em grupos de WhatsApp e Telegram.
Na primeira matéria publicada pela Folha analisando os dados obtidos com o monitoramento, descobriu-se que: Uma pesquisa falsa apontando Bolsonaro como vitorioso no primeiro turno das eleições. Essa pesquisa foi enviada mais de 92 mil vezes nos grupos monitorados. No acompanhamento, o Grupo Quaest avalia a quantidades de vezes que uma mesma mensagem é enviada, a origem do disparo, e o número de grupos e membros do mesmo que receberam a postagem. O estudo é feito protegendo dados pessoais de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados.
“BOMBA EM BRASÍLIA: O TRIO QUER IMPUGNAR A CHAPA DE BOLSONARO”
Ataques ao STF também estão entre as mensagens disparadas em massa, além da convocação de atos no dia 07 de setembro convocando os membros a cobrarem o “voto auditável”.
- A mensagem mais impactante que viraliza entre os grupos monitorados, dizia que estaria em curso uma possível conspiração para “Matar Bolsonaro ou impugnar a chapa”
- E em uma segunda mensagem afirmava que: “Roubar na apuração está difícil porque as FFAA estão em cima”.
A primeira mensagem começou a circular nos grupos no dia 3 de agosto e foi disparada até o dia 22. Com pequenas alterações, a mesma mensagem chegou a ter 13 versões diferentes, compartilhada em grupos majoritariamente Bolsonaristas (91%) , contra (3%) de grupos Petistas e (6%) grupos de posicionamento político indeterminado.
Na análise publicada nesta quarta (24) no site da Folha, apesar do compartilhamento massivo, as mensagens foram disparadas por apenas 540 números diferentes. Um numero apenas disparou a mensagem 438 vezes, e outro número enviou sozinho a mesma mensagem 385 vezes.
Essa análise mostra que é um esforço coordenado para induzir os membros dos grupos citados.