O Ministério Público realizou nesta quarta-feira (9) diligências na Porta do Céu, na Cidade de Deus, onde o adolescente Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, morreu após uma operação policial na madrugada de segunda-feira (7).
Uma perícia foi feita no local do crime, que também é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
Além de uma análise do local da morte de Thiago, o MPRJ colheu informações e imagens para o Procedimento Investigatório Criminal (PIC) aberto na terça-feira (8).
As versões da família e da Polícia Militar sobre o fato são diferentes: enquanto os parentes dizem que o adolescente foi executado e que a cena do crime foi forjada, a PM chegou a dizer que ele atirou em agentes.
O que diz a família
Familiares afirmam que o jovem foi executado pelos policiais e falaram em cena forjada pela PM. O tio de Thiago disse que o sobrinho foi executado por um policial quando já estava caído no chão.
“O Thiaguinho estava passeando de moto com um amigo, saindo da Cidade de Deus, que foi abordada já a tiro. Um tiro pegou na perna, o Thiaguinho caiu, aí a gente tem um trechinho da imagem, que vê o Thiago no chão, ainda vivo, e o policial acaba de executar ele”, descreveu Hamilton Bezerra Flausino.
“Não teve tiroteio, não teve tiroteio. Até porque o pessoal foi se chegando para fazer tipo uma manifestação ali. Nós, familiares, já estávamos ali, chegamos muito rápido. Então a gente ia comandando, gente, não precisa fazer negócio de queimar pneu. Não, não, não, está tranquilo, deixa que a gente vai resolver pacífico. E assim foi, mas eles forjaram um tiroteio, dando um tiro”, acrescentou.
Mãe de Thiago, Priscila Menezes disse que a família está muito abalada “com o fato de estarem acusando uma criança de 13 anos de ser envolvida com tráfico”.
“Ele não era nada. Ele era apenas um adolescente ceifado por essa necropolícia que a gente tem no nosso estado. Mais uma vítima que entra para a estatística.”
*Com informações do G1