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Nova operação da PF tem deputados e empresários como alvos por corrupção no governo de Ricardo Coutinho

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (11) a “Operação Livro Aberto”, que visa a reprimir a prática dos crimes de fraude à licitação, desvio de recursos públicos, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro, relacionados a contratos formalizados pela Secretaria de Estado da Educação no ano de 2018, último ano do mandato do ex-governador Ricardo Coutinho (PT).

PF disse que dois deputados estaduais e empresários são alvos das apreensões. Os nomes não foram revelados.

Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, além da indisponibilidade de bens, valores, dinheiro e ativos dos investigados visando recompor o erário público em valores que superam R$ 4 milhões.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em João Pessoa, nos bairros de Miramar, Manaíra e Altiplano; em Campina Grande, nos bairros Monte Santo, Alto Branco, Centenário e Malvinas; em Ponta de Pedras, no estado de Pernambuco; Arapiraca, em Alagoas; e Lagoa Seca.

O cumprimento das medidas cautelares tem o objetivo de colher elementos informativos para investigação iniciada em 2019, que apura o possível pagamento de propina a agentes políticos no Estado da Paraíba.

Relembre

Em 2019, a ex-procuradora-geral do Estado da Paraíba, Livânia Farias, citou seis deputados estaduais em seu acordo de delação premiada na Operação Calvário, que segundo ela, eram destinatários de supostas propinas decorrentes de um pagamento de R$ 12 milhões.

Presa em março de 2019, quando ocupava a secretaria de Administração do Estado, Livânia fechou firmou acordo de colaboração com o Ministério Público Estadual da Paraíba. Seu relato foi uma das peças-chave da Operação Juízo Final, que levou à cadeia o ex-governador Ricardo Coutinho.

Ela narrou repasses de R$ 4 milhões em espécie ao político. Coutinho foi detido em 20 de dezembro, e solto no dia seguinte, pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Napoleão Nunes.