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Nova pesquisa aponta a pior tendência possível para Bolsonaro

Bolsonaro durante culto evangélico em salão no Palácio do Planalto… Poder 360

Mais uma pesquisa divulgada nesta semana traça um quadro desanimador para a campanha do presidente Jair Bolsonaro. Os números anunciados hoje cedo pelo PoderData confirmam a estabilidade da corrida presidencial, mas com sinais de que pode ter se iniciado nesta reta final de segundo turno uma tendência de alargamento da distância que separa Bolsonaro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Segundo os dados do PoderData, Lula tem 53% das intenções de voto e Bolsonaro tem 47%. Os dois oscilaram um ponto, dentro da margem de erro – Lula para cima e Bolsonaro para baixo. Nas semanas anteriores, os dois candidatos permaneciam numericamente estacionados em 52% e 48%.

As mudanças, embora sutis, ocorrem na mesma semana em que outras pesquisas sugerem um cenário distante do que imaginava a campanha bolsonarista. O time do presidente projetava um crescimento progressivo no decorrer deste segundo turno, para viabilizar uma virada na semana anterior à eleição.

No início desta semana, dados do Ipec também apontaram uma estabilidade da corrida presidencial, Lula com 54% e Bolsonaro com 46%. Na pesquisa anterior, chegou a ocorrer um leve estreitamento da diferença entre os dois, mas a tendência não persistiu. Na pesquisa Ipespe, o cenário é semelhante. Lula teve 53% e Bolsonaro ficou com 47%, repetindo o desempenho da semana anterior. Também nesse caso, os dados sugerem que se estancou a tendência de estreitamento da distância visto logo após o segundo turno.

As oscilações ocorreram dentro da margem de erro, um respiro para Bolsonaro, já que variações poderiam indicar um quadro menos desalentador. O quadro é de estabilidade, como lembrou ao Poder360 o coordenador do PoderData, Rodolfo Costa Pinto.

Ainda assim, segundo ele, a tendência identificada nos números pode ser um reflexo do tiroteio envolvendo o ex-deputado Roberto Jefferson, exaustivamente explorado pela campanha adversária nos últimos dias. Um episódio que a própria campanha bolsonarista admite que tem potencial de impactar no desempenho do presidente nesta reta final.